A nova oferta do fundo Mubadala para os clubes da Libra envolve o pagamento à vista de um valor entre R$ 1,3 bilhão a R$ 2,4 bilhões a depender de quantos aderirem ao acordo. Esse valor seria pela cessão de 12,5% dos direitos dos times no Brasileiro.
A Libra é o grupo de 18 times composto por Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Red Bull, Flamengo, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Bahia, entre outros. O fundo Mubadala é dos Emirados Árabes Unidos e negocia há quase um ano com o grupo.
Já foram feitas várias modalidades de propostas para a Libra, por 20% dos direitos de todos os clubes do Brasileiro em uma liga (R$ 4,750 bilhões), apenas pelos direitos dos clubes da Libra (R$ 4 bilhões).
Houve assinatura de um MOU (memorando de entendimento), espécie de pre-contrato, por parte de 15 clubes da Libra. Mas Vasco, Cruzeiro e Botafogo decidiram esperar e analisar melhor cenário.
Com isso, o Mubadala decidiu simplificar sua proposta e acenar com dinheiro à vista que ajudaria os clubes a resolver problemas de caixa. Foi feita uma proposta por 12,5% dos direitos do Brasil no valor entre R$ 1,3 bilhão e R$ 2,375 bilhões. O primeiro valor é no caso de inclusão só dos clubes da Libra, o segundo, se houver adesão integral.
Cada clube representaria metade do montante acertado para cada clube. O Flamengo, que receberia R$ 316 milhões, agora teria direito a R$ 158 milhões. O Corinthians um valor próximo de R$ 150 milhões. Palmeiras e São Paulo ganhariam em torno de R$ 130 milhões cada.
Além do percentual menor de venda, a diferença é que não haveria condições e que o valor seria pago à vista. A promessa é que, com assinatura definitiva o dinheiro saia logo depois. Há só uma necessidade de aprovação no Cade, orgão que fiscaliza práticas de concorrência desleal. Mas acredita-se que não haverá problemas.
Anteriormente, a proposta do Mubadala previa o pagamento de 50% do total após a assinatura do contrato Depois, haveria uma quitação de uma parcela de 30% do total ao final do primeiro ano de acordo. E a conclusão do investimento se daria dois anos depois, com 20%.
Ao acenar com o dinheiro à vista, o fundo árabe também visa atrair clubes como Cruzeiro, Vasco e Botafogo. Transformados em SAF, com donos, os três times enfrentam problemas de caixa, como revelam os acordos para pagamento das equipes.
Há uma expectativa também de atrair alguns dos 26 clubes da Liga Forte Futebol. O grupo, no entanto, também tem negociação com outro investidor, o fundo Serengetti. O cenário entre as duas ligas deve ser definido em dois meses, mas caminha para negociação em bloco.
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