Dorival Jr, técnico do São Paulo, no jogo contra o Inter, pelo Brasileirão Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

O técnico Dorival Júnior falou em entrevista coletiva após a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Internacional, no Morumbi, pela 4ª rodada do Brasileirão.

Análise da partida: "Foi um jogo muito difícil, contra uma equipe que com certeza briga do meio da tabela para cima, com posições importantes. O Inter merece respeito, a partida foi muito equilibrada, disputada".

Calma! "É um início bom, nada além disso. Vamos buscar uma sequência melhor para amadurecer, ganhar qualidade e desenvolver. Todos têm acompanhado um perde e ganha no Brasileirão e temos que estar atentos a todo tempo".

Falta de tempo: "Temos algumas boas respostas e falei que aproveitaria o trabalho do Rogério Ceni. Não fiz mudanças bruscas, mexi um pouco o posicionamento. Começamos de um jeito, mexemos no intervalo e é assim".

Pablo Maia: "Tem essa capacidade. Se desenvolver comportamentos diferentes, vai se surpreender se aproximando mais da área, infiltrando na área. Não é capacitá-lo só na função de primeiro homem de combate. Ele tem qualidade para duas ou três posições".

Análise da partida

"Foi um jogo muito difícil, contra uma equipe que com certeza briga do meio da tabela para cima, com posições importantes. O Inter merece respeito, a partida foi muito equilibrada, disputada. Uma equipe que sob o comando do Mano vive momento diferente, diferente do nosso e do que tentamos construir. Tivemos algumas dificuldades, principalmente na primeira etapa, mas foi uma boa exibição. As flutuações do Alan Patrick e Mauricio dificultaram a nossa marcação, estavam sempre girando e buscando a tabela. Mas nosso comportamento foi muito bom, outra partida sem tomar gols e isso é fundamental para a sequência. Demanda tempo para termos algo mais palpável, mas sinto que os jogadores querem entender e acertar. O comprometimento tem sido exemplar, temos conseguido resultados iniciais e estou satisfeito".

Segundo tempo melhor

"Talvez não tenhamos sofrido tanto na segunda etapa quanto na primeira. Conversei com o Nestor para neutralizarmos os passes por dentro, fazer o Inter jogar pelo lado. A nossa postura no segundo tempo foi mais agressiva, neutralizamos e criamos boas oportunidades".

Defesa em alta

"É um sistema e nossa marcação começa com dois homens de frente, obrigatoriamente e necessariamente. Quando isso não acontece, os dois de zaga ficarão expostos. Tivemos muita participação no jogo do meio de semana, sem nada por dentro e só bolas alçadas. O Inter tem jogadores muito bons nesse quesito, que tentam pifar a todo tempo: Alan Patrick e Mauricio, que usam muito bem os jogadores da frente pelas infiltrações. Não demos oportunidade, raras foram as trocas de passe e nossa cobertura chegou. O trabalho é coletivo. Não adianta ter uma excelente dupla de zaga sem meio-campo protegido. Temos que ter essa organização, que tivemos até nos momentos mais problemáticos do jogo. Sempre estivemos organizados e não sofremos tanto quanto imaginávamos. Isso vai melhorando e temos sentido cumplicidade maior dos jogadores, sabendo do posicionamento e dificultando equipes adversárias".

Pablo Maia

"A desenvoltura dele, dinâmica, forte marcação. O Pablo está encontrando um caminho, uma recuperação e tem sido importante na função. Aguardamos pelo crescimento dos demais porque todos têm oportunidade. Não é poupar, é no sentido de colocar a melhor equipe possível. Teremos sequência complicada, é até um absurdo. Viajaremos para Fortaleza, retornaremos para Corinthians, viajaremos para o Sport e dois dias e meio depois contra o Vasco no Morumbi. Logo em seguida viagem terrível para Venezuela provavelmente decidindo vaga. Não será fácil e contaremos com todos, não tem isso de titular. A todo momento faremos mexidas, seguramos alguns jogadores para ter time teoricamente mais saudável para a partida seguinte. Já aviso que vai acontecer para não causar surpresa. Não é que não vamos definir equipe, mas a sequência é absurda e não há quem suporte essa carga de jogos e treinamentos".

Correção no primeiro tempo após o gol de Luciano

"Quando chamamos todo mundo, é porque não estávamos nos encontrando na marcação, dando brechas por dentro. Mudamos depois do gol e mudamos por completo no intervalo, melhorando a nossa postura e mexendo em dois posicionamentos. O Pablo Maia tem essa capacidade. Se desenvolver comportamentos diferentes, vai se surpreender se aproximando mais da área, infiltrando na área. Não é capacitá-lo só na função de primeiro homem de combate. Ele tem qualidade para duas ou três posições".

Gabi Neves

"Tudo é questão de tempo. O Gabriel está readquirindo melhor condição, evoluindo, entendemos o que estamos buscando. Tivemos seis ou sete sessões de trabalho, para vocês verem que do primeiro dia para agora estou muito satisfeito. Tivemos algumas boas respostas e falei que aproveitaria o trabalho do Rogério Ceni. Não fiz mudanças bruscas, mexi um pouco o posicionamento. Começamos de um jeito, mexemos no intervalo e é assim. Daqui a pouco encontraremos uma situação melhor, mais natural. Ainda é cedo e vamos oscilar, temos que ter paciência".

Menos cruzamentos

"Eu gosto muito de equipes com infiltração, parede, movimentação do terceiro homem e de um homem por trás. Sempre gostei de trabalhar. Não vamos perder condição por fora, mas temos que trabalhar por dentro e temos trabalhado a exaustão em todos os treinos para nossos jogadores atacaram a última linha adversária, mais perto do gol adversário e com definições mais claras. Demanda tempo, repetição, não é do dia para noite. É um trabalho de paciência e resultados ajudam para manter tranquilidade e insistir no que buscamos".

Torcedores, calma

"Que o torcedor continue preocupado, nós estaremos preocupados para melhorar. Difícil falar em número de pontos, vamos buscar a melhor campanha possível. Vamos brigar por todas as competições, com estar atentos a todo tempo".

Não comemorou o primeiro gol

"O treinador vê que as coisas não estão acontecendo como quer e espera e, de repente, foi oportunidade de reorganizar mais do que comemorar. Na segunda etapa, era outra desenvoltura, e o gol trouxe alívio. O Inter é um time perigoso, com mais de um ano de trabalho, e a equipe mais nas mãos. Eu estou tentando conhecer meu grupo praticamente. É natural buscar correções em treinos e jogos, por isso o alívio é só no fim do jogo".

Treinos abertos?

"Tem um rapaz [aponta para um membro da comunicação] que pode responder melhor essa pergunta. Vou respeitar o que é feito no clube até então".

Felipe Negrucci e outros da base

"Aos poucos vamos tentando observar mais a base. Ele chamou a atenção, tirei informações e todas positivas. Está um período com a gente e de repente pode atuar. Se não atuar, faz jogos na base e volta ao profissional. É questão de tempo, que ele possa ganhar minutagem, entender como a gente atua. Tem sido importante. E outros podem estar também. Só tive uma oportunidade até agora, é para ter calma. Precisamos acertar nossa equipe antes de buscar soluções".

Renovação do Luan

"Os jogadores estando tranquilos e com situações resolvidos é fundamental para qualquer clube, principalmente os que atuam a qualquer momento. O São Paulo precisa estar atento ao mercado a todo instante, sem baixar guarda, acharmos que está bom".

Papo com Rafinha

"O Rafinha estava gesticulando para a arbitragem e eu fiquei preocupado, só tentei tirá-lo dali pois já tinha cartão. Foi apenas para evitar uma situação que poderia ocorrer".

Erison ainda fora

"A gente tinha expectativa que não se confirmou. O Erison ainda sente, não está totalmente seguro. Temos que dar tempo maior de recuperação. Lesão muscular às vezes gera falsa impressão e o risco gera incômodo. Só vamos colocá-lo quando estiver recuperado. Tentou, mas ainda não se sente confiante".