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Marcello Lima: Quando as mascaras começam a cair

O São Paulo passa por seu pior momento em muitos anos.

A crise no clube não é só técnica.

A questão técnica é até pequena diante da enorme crise de relacionamento do atual elenco.

As máscaras vão caindo.

Com a saída de Muricy,aos poucos,o discurso politicamente correto vai dando lugar a declarações sinceras que expõe publicamente as feridas do elenco.

Tudo começou em Fevereiro,com Dagoberto reclamando da reserva.

Ali foi plantada a semente da discórdia,que cresceu de forma descontrolada durante o primeiro semestre.

O ciume de alguns jogadores, com os reforços que chegaram (principalmente Washington) e o banco de reservas para alguns que se achavam intocáveis,transformou a garra e a raça de outros tempos em apatia e má vontade.

Muricy tentou em vão tomar a rédea da situação.

Com o treinador no comando,os jogadores jamais reclamaram publicamente das improvisações.

O discurso era o de ajudar o São Paulo no que fosse possível.

O relacionamento conturbado,sempre foi negado pelos atletas em entrevistas coletivas.

Sempre vinham a publico dizer que o ambiente era maravilhoso.

Mas,a má vontade e a falta de determinação da equipe nos últimos tempos,era,e ainda são, visíveis.

O jogo contra o Cruzeiro pela Libertadores no Morumbi,foi emblemático.

Expõem claramente tudo o que disse aqui no texto.

Muricy foi demitido, por questão de caráter,não quis dar nomes aos bois,mas, deixou claro que faltavam parceria e determinação ao elenco.

Com a saída do treinador,parece que uma onda de transparência e sinceridade atingiu os jogadores do São Paulo.

Hernanes me disse após a vitória contra o Náutico,que deram a camisa numero 10 para ele e acharam que poderia ser um meia de criação,nunca jogou assim e não se sentia a vontade na posição.

Depois foi a vez de Zé Luis,na mesma partida, dizer que gostaria de disputar uma posição no meio campo,sendo que alguns dias antes,ainda com Muricy no comando,me disse que já se considerava um lateral direito.

Na ultima semana foi a vez de Hugo.

Ao saber que seria titular contra o Flamengo,desandou a criticar o ex-treinador São Paulino e ainda colocou Borges na conversa,dizendo que sempre sobrava a reserva para ele e o atacante.

Hugo só se esqueceu de dizer que, só ficou no São Paulo e foi tricampeão Brasileiro,porque Muricy Ramalho bancou sua permanência quando a diretoria queria dispensa-lo.

Borges,citado por Hugo em seu desabafo,resolveu deixar o discurso hipócrita de lado e no intervalo do jogo contra o Flamengo, deixou clara a sua satisfação em ter Marlos e Hugo como companheiros de ataque.

Já Washington,não quis dar entrevista após o jogo.

O relacionamento nada Harmônico do elenco São Paulino esta vindo a tona.

Se os atletas não deixarem as diferenças de lado o São Paulo pode sim,pensar em lutar somente na parte de baixo da tabela no Brasileirão.

Muricy já deixou o clube, para a alegria de alguns atletas,mas o elenco não deve mudar muito,logo a politica de boa vizinhança será obrigatória entre eles.

Pelo menos até o final da temporada,quando uma enorme reformulação terá obrigatoriamente que ser feita pela diretoria.

No momento o melhor a fazer é tentar achar novamente o ponto da maionese,que desandou no São Paulo em 2009.

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