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Análise: São Paulo precisa acabar com "apagões" se quiser ser melhor do que em 2022

Espaço entre os gols mostrou um Tricolor muito diferente do time maduro que dominava e encaminhava vitória contra o Bragantino, fora de casa, pelo Campeonato Paulista

O São Paulo está em fase de reconstrução, com muitas saídas e outras tantas chegadas para 2023. Porém, se quiser ter um ano melhor do que 2022, um ponto deve ser urgentemente corrigido: a falta de concentração em momentos pontuais, que geram “apagões” e reviravoltas impactantes em um clube longe dos tempos áureos.

A última amostra deste problema crônico dos últimos anos ocorreu na noite de quarta-feira. O São Paulo vencia parcialmente o Red Bull Bragantino, com um golaço de Galoppo, e controlava a partida. Mas em cinco minutos sucumbiu à pressão do time de Bragança Paulista e saiu derrotado.

No primeiro gol, um raro erro de posicionamento da dupla Alan Franco e Beraldo deixou um rival livre para cabecear cara a cara com Rafael; no rebote, Praxedes empatou. No segundo, ninguém tirou a bola de Artur, que começou a jogada terminada na finalização de Thiago Borbas.

Entre os dois gols, o São Paulo descartou tudo o que produzia no segundo tempo, no qual dominou o Bragantino e encaminhava a vitória. Houve abatimento coletivo e ações totalmente contrárias a um time que se mostrava maduro suficiente para sair com três pontos de Bragança.

O cenário não é novo (pelo contrário). Desde a chegada ao clube, Rogério Ceni viu a equipe pecar em momentos decisivos, muito por concentração e falta de maturidade coletiva.

O primeiro grande trauma da temporada passada, por exemplo, veio na postura irreconhecível e de visível abatimento do time no segundo jogo da final do Paulistão contra o Palmeiras.

De um jogo competitivo e de alto nível no duelo da ida, que terminou 3 a 1, viu-se um São Paulo frágil e protagonista de um enorme “apagão” no Allianz Parque. O Palmeiras passeou naquela ocasião, fez 4 a 0 e conquistou o troféu do estadual.

Praticamente um ano depois, alguns problemas se repetem, como o próprio Rogério Ceni lamentou depois da partida.

– Acho que não merecíamos sofrer a virada, ou merecíamos, porque poderíamos ter tomado decisões melhores dentro do campo, como foi em outros jogos, poderíamos matar um contra-ataque, uma jogada... – declarou o treinador.

Outro “apagão” são-paulino ocorreu na reta final da temporada, quando o time sofreu três gols do Fluminense em pouco mais de três minutos e saiu derrotado do Maracanã.

Essas oscilações surgem como um empecilho importante para uma equipe que quer evoluir e fazer um ano melhor do que o anterior. Em um processo de reformulação, com mais de 10 saídas de jogadores e nove contratações, o São Paulo repete velhos problemas.

A próxima partida será no domingo, às 19h, contra o Santos, no Morumbi, pela oitava rodada do Campeonato Paulista. O Tricolor lidera o Grupo B com 11 pontos.

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