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ANÁLISE: Quatro São Paulo x Corinthians me marcaram e me emocionam até hoje

Casagrande e Sócrates se abraçam depois de título paulista do Corinthians contra o São Paulo
Imagem: Jorge Araújo/Folhapress


Nesse domingo vão jogar no Morumbi São Paulo x Corinthians, um dos grandes clássicos do futebol paulista, também conhecido como o Majestoso.



Esse é o jogo do qual tenho mais lembranças importantes. Carrego na cabeça quatro jogos que marcaram a minha história.


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O primeiro foi quando eu tinha apenas oito anos de idade. Meu pai me levou para ver Gerson e Rivellino jogarem - meu velho se empenhou muito para que eu visse o máximo de jogadores que foram tricampeões em 1970 no México.

Foi em 17 de outubro de 1971 que fomos para o Morumbi assistir o meu primeiro Majestoso .

O São Paulo venceu por 2 x 0, gols de Teodoro e do centroavante Everaldo. A derrota nos deixou tristes, mas fiquei ao mesmo tempo encantado por ter ido ao grande estádio pela primeira vez.

Como torcedor, assisti vários majestosos. No Campeonato Paulista de 1977 cheguei a ir em todos eles!

Em 1982 eu voltei ao Corinthians (estava na Caldense) e virei titular. Só fui enfrentar o São Paulo no jogo que decidiu o título do primeiro turno daquele campeonato. Foi naquela partida que conquistei a torcida e o grupo de jogadores definitivamente.

O Margrão (Sócrates) estava machucado e não jogaria, mas foi com a gente no ônibus. Como fazíamos na maioria das vezes, sentamos um ao lado do outro e fomos conversando até o Morumbi . Naquele dia ficamos juntos até praticamente o time entrar em campo. Era o primeiro jogo decisivo que eu jogaria sem ele ao lado

Logo no começo o saudoso Waldir Peres fez um pênalti no Biro-Biro. Era o Magrão quem batia, mas ele não estava em campo. Eu era o artilheiro do campeonato; o Zenon pegou a bola, chegou perto de mim e falou: "tó a bola, vai lá, garoto, e bate".

Apesar do Waldir tentar tirar o foco de todos os batedores, não fiquei impressionado. Estava muito seguro naquele momento. Fui lá e fiz o primeiro gol com um pênalti muito bem batido. Depois desse jogo eu e o Magrão começamos a dividir as batidas.

Logo depois do pênalti eu, o Wladimir e o Ataliba fizemos uma triangulação pelo lado esquerdo e acabei fazendo o segundo gol. Vencemos por 2 x 0 e ganhamos o primeiro turno.

O campeonato continuou e fizemos a final com eles

Vencemos o primeiro jogo na quarta-feira por 1 x 0, gol do Magrão, e no domingo vencemos por 3 x 1 com o Biro fazendo dois.

Eu já no finalzinho do jogo, depois de uma jogada espetacular do Ataliba, acabei fazendo o meu vigésimo oitavo gol e fomos campeões. Foi um título muito especial para todos nós.

Em 1983 fomos bicampeões paulistas contra o São Paulo também

Mas o outro jogo marcante foi totalmente ao contrário. Em 1984, eu já estava no tricolor, e fomos enfrentar o Corinthians no segundo turno do campeonato.

Naquela semana, eu e o saudoso treinador Cilinho brigamos, e ele me tirou do time no clássico. Fiquei revoltado, mas fui para o banco.

Primeiro tempo 0 x 0 e um jogo amarrado. A gente precisa ganhar porque o campeonato era de pontos corridos.

No segundo tempo. o Corinthians ficou mais ameaçador. A torcida do São Paulo começou a gritar o meu nome. O Cilinho demorou um pouco, mas me colocou.

Logo que entrei o Darío Pereyra me tocou no meio campo e fui para cima tabelando com o Pita, numa jogada espetacular. Passei pelo Dunga e o Wagner. O Pita chutou, o goleiro Carlos defendeu, mas o Careca pegou o rebote e fez o gol de cabeça .

Vencemos por 1 x 0. Por muitos anos, quando encontrava torcedores do São Paulo, eles falavam "Casão. aquele gol que você fez contra o Corinthians foi inesquecível".

Eu explicava que o gol foi do Careca, mas como a jogada que fiz com o Pita foi fantástica, e por eu ter vindo do Corinthians, na cabeça do torcedor ficou como se eu tivesse marcado!

Todos esses jogos que destaquei nesse texto me emocionam de alguma maneira. Sinto saudade do meu pai, principalmente de quando eu era garoto e ele me levava para os estádios.

Guardo no coração os gols que fiz decidindo o título pelo Corinthians porque tínhamos um time muito unido, forte, técnico e que tínha prazer de estar junto.



É inesquecível também o período que fui para o tricolor porque era um time espetacular de amigos. Éramos bem jovens, a maioria tinha quase a mesma idade. Eu, Nelsinho, Paulo Roberto, Sidney, Careca nos divertimos muito .

O São Paulo foi um clube que me recebeu de braços abertos e que fiz muitas amizades por lá.

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Comentários (4)
29/01/2023 13:23:50 Carlos Haffner

Quem escreveu isso num aplicativo do SP é um babaca

29/01/2023 11:13:47 rubens gonzales

Esse app eh de gamba nao eh possivel

29/01/2023 09:14:07 c tls

Ahhh va tomar no cu esse jornalismo da UOL bando de corno.. adoram falar de curintias aqui PQP!!

29/01/2023 08:56:47 Renatomurzili Murzili

Aqui não lugar de falar galinhada não Curinthians meu ovo

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