Jogadores do São Paulo festejam a classificação sobre o Palmeiras na Copa do Brasil (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)


A diretoria do São Paulo decidiu colocar em prática um plano que guarda a sete chaves desde o início do ano e que visa a busca de investidores para ajudar o clube em contratar reforços de peso para fazer com que o Tricolor possa ao menos disputar um dos três títulos que ainda disputa nesta temporada.



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Ainda embrionário, o plano da gestão Julio Casares, conforme o LANCE! apurou, é de até mesmo transformar o São Paulo em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e contornar as dívidas de quase R$ 700 milhões do clube do Morumbi.

Para isso, a diretoria ganhou o apoio do técnico Rogério Ceni, que renovou antecipadamente o seu contrato com o Tricolor até o fim de 2023 e será o rosto público para o novo investidor são-paulino, até como forma de blindar a resistência que virá dos conselheiros do clube, contrários à ideia, conforme o L! apurou.

À reportagem, fontes ligadas à gestão Casares apontam que somente com investimentos externos o clube se vê em condições de brigar pelo menos com os dois rivais diretos, Palmeiras e Corinthians. O primeiro tem contas sanadas, enquanto o segundo surpreendeu e foi ao mercado nesta janela de transferências.

Na quinta-feira, após a classificação às quartas de final da Copa do Brasil sobre o rival Palmeiras, em pleno Allianz Parque, Ceni já começou a dar declarações públicas sobre a necessidade de se encontrar um investidor para viabilizar contratações.

- A direção está tentando ver um ou outro jogador, não é da minha alçada falar, mas até com dinheiro de investidor, porque o clube não tem condições econômicas para fazer investimentos grandes. O clube tem jogadores que só voltam no ano que vem, então em conversa com a direção estamos tentando, mas um ou dois jogadores é o que vamos tentar para reforçar o elenco.

O São Paulo arrecadará cerca de R$ 82 milhões nesta janela de transferências com as vendas de Gabriel Sara e Rigoni. Ficará muito próximo de alcançar a meta de R$ 142 milhões ganhos com transferências de atletas. Também bateu as metas nas competições de mata-mata, alcançando as quartas das duas que disputa (Copa do Brasil e Sul-Americana).

Entretanto, não significará dinheiro livre para investimentos, mas apenas que a dívida não aumentará para 2023. O que faz com que a diretoria sonhe com o Ajax negociando Antony, jogador que o clube mantém 20% dos direitos e cuja negociação na Europa poderia render até R$ 75 milhões aos cofres tricolores.

Realista, contudo, Ceni mantém os pés no chão quando se fala de brigar diretamente com o que ele chama de 'prateleira de cima'. Por isso, não fala publicamente em títulos e prioridades no Tricolor, mesmo com o contrato renovado.

- Eu fico feliz da continuidade, um clube que gosto de trabalhar, um clube que vivi a vida toda, sei de todas as dificuldades. Não chegaram todos os jogadores que a gente queria, mas fico feliz com o que estão dando para a gente. Gosto de trabalhar com a base. Um clube que tem muitos juros para pagar e cada venda da base paga os juros. Eu trabalhei minha vida toda aqui, gosto de desafios, agradeço o presidente a confiança. É bom para ele também. Eu penso no próximo jogo, estamos em três competições. Acho, sinceramente difícil a gente ter elenco para isso. Acho bem difícil levar o São Paulo a títulos. Mas brigar, pelo jogo de hoje, a gente vai tentar fazer o São Paulo competitivo e voltar a estar lá na frente.

Conforme o L! revelou, na lista de prioridades de Ceni para a atual temporada estão pelo menos duas opções: zagueiro, de preferência destro, e um meio-campista polivalente. Para o primeiro setor, o clube avalia a vinda gratuita de Adryelson, livre do Sport. Para a segunda vai ter que gastar para trazer Giuliano Galoppo do Banfield.



- No momento, vocês reconhecem que com a ausência do Arboleda, a zaga talvez seja uma posição prioritária e mais algum jogador que tenha polivalência, que possa jogar em mais de uma posição no meio-campo. Momento que, com urgência, a gente precisa.




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