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Ricardo Gomes desafia a história no São Paulo

Treinador vai suceder Muricy Ramalho, um dos ídolos da torcida são-paulina recentemente

Ricardo Gomes iniciou nesta quarta-feira o seu ciclo como técnico do São Paulo, sob um olhar desconfiado de torcedores, jogadores e alguns dirigentes. E a História do Tricolor aponta motivos de animação e de preocupação para o sucessor de Muricy Ramalho no cargo técnico.

O passado recente anima o ex-comandante do Mônaco (FRA). Os últimos técnicos que assumiram no decorrer de uma competição se deram bem. Ricardo Gomes tem o desafio de tirar o Sampa da 16 posição no Brasileirão de 2009.

– A ideia é terminar o primeiro turno naquela zona de classificação para a Libertadores – disse ele.

O chileno Roberto Rojas e Emerson Leão, quando assumiram o Sampa durante um torneio, também conquistaram este feito. Levaram o clube para a disputa do principal torneio sul-americano no ano seguinte. Foi assim em 2003 com Rojas, substituindo Oswaldo de Oliveira, e em 2004 com Leão, que herdou a vaga de Cuca, que deixou seu cargo.

Paulo Autuori também obteve sucesso substituindo Leão no meio do caminho na Libertadores. Pegou o time já classificado na fase de grupos e levou ao tricampeonato com sobras.

Por um lado, o passado anima Ricardo Gomes. Mas, na História, algumas coincidências não são animadoras. Todos os comandantes que tiveram a dura missão de substituir um técnico ídolo, como o sucessor de Muricy terá agora, não brilharam tanto no cargo. Os treinadores que entraram nas vagas dos que mais dirigiram o clube até hoje (Vicente Feola, José Poy, Telê Santana, Muricy, Cilinho e Rubens Minelli) não duraram muito no cargo. A exceção foi o argentino Jim Lopes, que na década de 1950 ficou 16 meses no comando do time, depois que entrou na vaga de Vicente Feola, em uma das sete vezes que o ex-técnico saiu do cargo.

Carlos Alberto Parreira e o próprio Muricy Ramalho, em sua primeira passagem pelo clube, sentiram o peso que é chegar para substituir um técnico consagrado. Eles não brilharam na tentativa de apagar da memória da torcida Telê Santana, bicampeão mundial na década de 90 e lembrado até hoje nos jogos.

Ricardo Gomes sabe que chega carregado de responsabilidade. O contrato do técnico vai até metade de 2010 e ele espera, quem sabe, aumentar o período. A diretoria e o passado recente jogam no time dele. A História é a adversária. Quem leva?

Últimos técnicos que assumiram durante campeonatos

2003 - Roberto Rojas

Vaga na América I
O chileno começou como técnico interino, até ser oficializado como técnico do Tricolor no decorrer do Brasileiro. Ele assumiu o time na oitava posição e recolocou o Sampa na Libertadores, após nove edições.

2004 - Emerson Leão

Vaga na América II
Cuca não estava bem no cargo e pediu para sair. Emerson Leão assumiu e o time ocupava a sétima posição. O técnico levou a equipe ao terceiro lugar e o Sampa se garantiu na Libertadores de 2005, ano do tri.

2005 - Paulo Autuori

Conquista da América
O técnico assumiu o time antes do último jogo da fase de grupo da Libertadores, contra o The Strongest, da Bolívia. E ele levou o tricolor ao tricampeonato da América e do Mundial, em dezembro, no Japão.

Os sucessores dos mestres

Vicente Feola

Campeão Mundial com o Brasil em 58 é o técnico com maior número de jogos no comando do São Paulo. Conquistou dois títulos paulistas (48 e 49) e, no total, teve dez passagens pelo clube.

Quem o sucedeu:
(1937) Tito Rodrigues - Apenas 20 jogos (7v, 2e, 10d) e nenhum título.
(1939) Ignaz Amsel - 28 jogos (13v, 3e,12d) no comando e nenhum título.
(1942) Conrado Ross - 49 jogos (27v, 12e,10d) e nenhum título conquistado.

(1950) Leônidas da Silva - 15 jogos nesta passagem (11v, 3e, 1d), muita confusão e deixou Zizinho na reserva.
(1953) Jim Lopes - Teve boa passagem e conquistou o título paulista de 1953. 105 jogos no total (65v, 19e, 21d)
(1957) Caxambu - Apenas seis jogos (2v, 3e, 1d) e nenhum título.
(1960) Remo - Apenas 14 jogos (4v, 3e, 7d) e nenhum título.

José Poy

Teve seis passagens pelo clube, entre as décadas de 60 e 80. Na melhor delas, de 73 a 76, conquistou o título paulista de 75. Neste ano, foi sucedido por Mário Juliato, que ficou apenas dez jogos.
Quem o sucedeu:
(1965) Jim Lopes - Ao contrário da primeira passagem, durou pouco, ficando apenas 23 jogos.

(1976) Mário Juliato - Apenas dez jogos ( 12v, 5e, 6d) nesta passagem e nenhum título conquistado.

(1983) Mário Travaglini - Ficou 64 jogos (29v, 24e, 11d) no comando e saiu sem conquistar nenhum título.

Telê Santana

O mestre Telê teve duas passagens pelo São Paulo. A primeira, em 73, foi breve. Na segunda, de 90 a 96, ganhou tudo. Parou por conta de uma isquemia cerebral e foi sucedido por Muricy Ramalho, seu assistente.
Quem o sucedeu:
(1996) Muricy Ramalho - Como assistente de Telê, por conta da quantidade de jogos que a equipe disputava, assumiu a equipe de aspirantes na Conmebol de 94 e a conquistou. No entanto, quando sucedeu o mestre, em 96, ficou apenas seis meses.

(1996) Carlos A. Parreira - Chegou após ser Campeão do Mundo e ficou apenas 21 jogos. Decepcionou.

Cilinho

Ficou marcado por descobrir grandes talentos. Montou o time que ganhou o apelido de Menudos. Teve duas passagem pelo clube na década de 80 e conquistou dois títulos estaduais: 85 e 87.
Quem o sucedeu:
(1986) Pepe - Chegou durante o Brasileiro de 86 e conquistou o título no início do ano seguinte. No entanto, saiu de maneira precoce, ainda na primeira fase da Libertadores. Cilinho retornou.

(1989) Carlos Alberto Silva - Conquistou o Paulista de 89, mas perdeu o Brasileirão do mesmo ano para o Vasco. Nesta passagem, ficou por um ano.

Rubens Minelli

Chegou em 1977, após ser bicampeão brasilei-ro com o Internacional. De cara, venceu a competição pelo São Paulo, sendo o primeiro técnico a vencer o torneio três vezes seguidas. Saiu em 1979.
Quem o sucedeu:
(1979) Mário Juliato - Era assistente de Rubens Minelli e assumiu a equipe quando o técnico saiu. Não conseguiu se firmar e fez apenas 38 jogos (12v, 16e, 10d). Com ele, o time não passou de um sétimo lugar no Campeonato Paulista. Foi demitido após uma excursão pela Arábia Saudita. Teve mais duas passagens pelo clube. No total, acumulou 54 jogos.

Muricy Ramalho

Quase dez anos após sua saída, retornou ao clube, permanecendo por mais de três anos. Conquistou o inédito tricampeonato brasileiro. Ricardo Gomes será o sucessor.

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