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'Vítima' em Fla e Flu, Ricardo Gomes proíbe vaidade

Antes de partir para seus quatro anos à frente dos franceses Bordeaux e Monaco, Ricardo Gomes fracassou nas duas oportunidades que teve no Brasil após não classificar a seleção brasileira para as Olimpíadas de Atenas. De acordo com o novo técnico do São Paulo, o problema foram as "vaidades" em Flamengo e Fluminense em 2004. Por isso, avisa que não aceitará que o mesmo aconteça no Morumbi.

"Perdi meu emprego duas vezes por causa disso. Esta é a minha experiência", contou o técnico tricolor, que hoje vê até graça nos problemas que viveu com Dimba, na Gávea, e Romário e Edmundo nas Laranjeiras. "Jogador que não pode ser substituído é algo que não passa pela minha cabeça. Devo ter algum problema, porque isso está bloqueado para mim", explicou.

No Tricolor paulista, a insatisfação que Ricardo Gomes pode enfrentar também está no ataque. Borges já deu seguidas declarações reclamando das vezes em que foi reserva com Muricy Ramalho, enquanto Washington atribuiu a má fase à falta de bolas que chegam com qualidade para finalizar. Com a troca de técnico, os dois devem ser mais cautelosos em suas palavras.

"É evidente que o jogador quer jogar. Se estiver satisfeito no banco, é pior ainda. Não quero jogador no banco esperando o salário no fim do mês. Isso é tudo muito claro para mim. Se o jogador ficar de cara amarrada, insatisfeito, não tem problema nenhum, não tenho medo de cara feia", disse o treinador, batendo na mesa ao tocar no assunto durante sua apresentação oficial no clube.

"Qualquer instituição está na frente de qualquer um. Sendo o São Paulo, fica difícil ter um jogador mais importante que o clube. Por aqui já passaram grandes jogadores, grandes treinador. Vai ter briga e vaidade? Não tem essa. O comportamento no São Paulo tem que ser exemplar", cobrou o ex-zagueiro.

A elevação da voz em relação ao assunto é o tom adotado no Morumbi. Juvenal Juvêncio também deixou seu tranquilo ritmo na fala no seu pronunciamento para apresentar Ricardo Gomes. "Vejo aqui e acolá notícias de crise e indisciplina. Não há, porque eu não permito", afirmou o presidente, sem nem mesmo ser questionado. "Lembro de um episódio recente do Adriano. Ele cometeu um deslize e o multei em 40% dos seus vencimentos. Depois o fiz dar explicações aos companheiros e à imprensa. E ele já jogou no domingo. As coisas no São Paulo são neste sentido e será sempre assim", prometeu.

E é no mínimo a mesma atitude que espera o novo treinador no caso de novos problemas. "Se ganha a posição no campo, não dando entrevista. Tem que dar o seu máximo e cabe a mim este julgamento. Vou acertar e errar, mas posso prometer que vai ter honestidade. Se o jogador não entender, a diretoria vai ter que agir", avisou Ricardo. "Jogador só derruba técnico se encontrar um clube fraco, sem estrutura. E tem pouquíssimos clubes assim no Brasil. Às vezes acontece um acidente porque o jogador está de cabeça quente, mas aí tem que vir a público pedir desculpa", ensinou.

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