Para além do resultado, a vitória também recupera o moral são-paulino. A derrota por 2 a 1, com dois gols sofridos nos acréscimos, havia deixado um clima de abatimento no Morumbi, na última segunda-feira. Rogério Ceni cogitou, inclusive, escalar uma equipe alternativa na Copa do Brasil, para priorizar o Brasileirão, mas desistiu e mandou a campo, hoje, exatamente a mesma formação.
O resultado faz com que o São Paulo vá com vantagem para o segundo jogo, que acontecerá no dia 14 de julho, no Allianz Parque. Um empate será suficiente para que a equipe de Rogério Ceni avance para as quartas de final da Copa do Brasil.
Ao Palmeiras, além da desvantagem no confronto, a derrota significa o fim da invencibilidade de 19 jogos na temporada.
Foi bem: Gabriel Neves
O meia uruguaio vem conquistando seu espaço no time titular do São Paulo. Assim como já havia acontecido no jogo de segunda-feira, sua intensidade na marcação foi fundamental para que o Tricolor tivesse o controle do jogo. Com a bola no pé, Neves ainda conseguiu armar contra-ataques em velocidade.
Foi mal: Dudu não pegou na bola
O camisa 7, mais uma vez, foi neutralizado pela marcação do São Paulo. João Martins chegou a inverter seu lado como de Veron, a fim de fazer com que seu principal homem de ataque entrasse na partida. Não conseguiu.
Cronologia do Jogo
O São Paulo era muito melhor, atacando e defendendo, quando Patrick, aos 30 minutos do 1º tempo, colocou o Tricolor na frente. Nestor brigou com a marcação de Gustavo Gómez pela esquerda do bico da área verde. A bola dividida sobrou para Patrick, que invadiu a área e finalizou de canhota, deixando Weverton sem ação: 1 a 0.
Ceni repete tática de Abel e complica saída do Palmeiras
Com a mesma escalação da partida de segunda-feira, Rogério Ceni tentou inovar no posicionamento da marcação. E a nova postura teve influência no ótimo primeiro tempo feito hoje. O São Paulo adotou como estratégia não marcar o zagueiro Murilo na saída de bola. Dessa maneira, a saída de bola obrigatoriamente passava pelos pés do camisa 26, já que as outras opções eram bloqueadas pela defesa são-paulina.
A tática é bastante semelhante à adotada por Abel Ferreira. No duelo entre as duas equipes na Libertadores do ano passado, o treinador português deixou a bola com Arboleda e fechou as opções de passe. O zagueiro equatoriano, pouco acostumado a ter essa função, se via obrigado a tentar lançamentos ou forçar passes, o que acabava facilitando para o Palmeiras recuperar a bola.
Para tentar se livrar da armadilha armada por Ceni, o meia Zé Rafael passou a buscar a bola na defesa. Com mais qualidade de passe do que Murilo, o camisa 8 surgia como a grande esperança alviverde, já que Danilo foi o tempo todo marcado por Rodrigo Nestor.
Ainda assim, o Palmeiras sofreu para conseguir incomodar o São Paulo no primeiro tempo. A equipe finalizou ao gol de Jandrei pela primeira vez aos 30 minutos.
O Palmeiras cresce, e o clima fica mais nervoso
O Palmeiras, mais uma vez, transformou o jogo em um ataque contra defesa. Foram 15 minutos em que o São Paulo não respirou, e Gómez, Danilo, Rony e Veron tiveram boas chances. O São Paulo ficou acuado, até conseguir chegar à linha de fundo em uma bola esticada, que Calleri dominou. Gómez chegou na dividida e o clima esquentou.
Reinaldo veio correndo tirar satisfação, Weverton e Nestor trocaram empurrões e puxões de camisa. Mas ficou nisso. Gómez saiu com um cartão e Reinaldo, com outro.
Depois da confusão, a partida se equilibrou. Mesmo com menos controle do jogo do que o Palmeiras, o São Paulo manteve seu poder ofensivo. Gabriel Neves, em mais uma boa partida, era o responsável pelos desarmes e pelos passes que ligavam os contra-ataques são-paulinos.
Arboleda deixa o campo após torção
O Arboleda, que fazia uma excelente partida, deixou o campo chorando muito, aos 35' do 2º tempo. O equatoriano dividiu com Navarro pelo alto. Na queda, ele prendeu a perna esquerda no solo e ainda caiu com a direita sobre ela, fazendo uma alavanca.
O jogo do São Paulo: controle do rival foi fundamental
O São Paulo começou a partida com o mesmo controle visto na segunda-feira. A grande diferença dessa vez foi a postura da equipe quando o Palmeiras começou a dominar o jogo. Depois de uma pressão no início do segundo tempo, o São Paulo conseguiu colocar a bola no chão e puxar contra-ataques criados por Rodrigo Nestor e Gabriel Neves.
O jogo do Palmeiras
O Palmeiras ficou acuado na primeira etapa. O São Paulo apertou a saída e sufocou a construção do Palmeiras, que não conseguia levar o time à frente, com seguidos erros de Piquerez e Murilo. Danilo, muito marcado, também não conseguia chegar à frente, e o Palmeiras não conseguia se articular.
Na etapa complementar, o Palmeiras cresceu. Foi a vez de o time de Abel Ferreira/ João Martins deixar o São Paulo sem conseguir tirar as costas de sua meta. Foram 15 minutos de muita pressão, mas o time fazer seu gol verde não conseguia chegar ao gol.
Danilo é novamente vaiado
Assim como aconteceu no jogo de segunda-feira, Danilo saiu de campo xingado pela torcida do São Paulo. Depois do título paulista, o volante palmeirense usou termos homofóbicos na tentativa de provocar o rival.
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