Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Ídolo do São Paulo, o ex-jogador Silas foi direto e não só defendeu que Rogério Ceni use o que tiver de melhor contra o Palmeiras na noite desta quinta-feira (23) no Morumbi, às 20h (horário de Brasília), no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, como explicou por que agiria assim. E ainda deu dica sobre o uso de Calleri.
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“Eu, se fosse o Rogério, colocaria o melhor que tivesse dentro de campo e pensaria no hoje. Deixa o amanhã, jogo contra o Juventude [no domingo, pelo Campeonato Brasileiro], estreia do Umberto Louzer [técnico recém-contratado pelo time gaúcho] pro fim de semana”, começou o ex-meia de 56 anos e hoje comentarista da ESPN durante o programa SportsCenter.
O assunto tem sido abordado todos os dias desde a entrevista coletiva de Rogério Ceni na noite da última segunda-feira (20), quando o São Paulo tomou a virada do Palmeiras por 2 a 1 nos acréscimos no duelo válido pelo Brasileiro, dentro de casa. Na ocasião, o técnico colocou que a diretoria teria que decidir sobre poupar ou não.
"Eu não sei no físico quem vai trabalhar na quinta-feira... É uma escolha, a direção tem que escolher. Quer arriscar tudo na quinta-feira contra o Palmeiras? Arriscamos tudo, pode perder jogador por lesão. E vai estar cansado contra o Juventude no domingo (26)... Não depende só de mim, pode ter certeza”, afirmou o treinador.
Na quarta (22), a ESPN apurou que a diretoria entende que não deve se meter neste tipo de questão e que Ceni tem carta branca para usar quem quiser.
Silas, que disputou Copa do Mundo com a seleção brasileira e foi campeão paulista (1985 e 1987) e brasileiro (1986) pelo São Paulo, apontou um fator que avalia como determinante para que a equipe tenha força máxima contra o rival: a torcida.
“Até porque a torcida está dando uma resposta que outra torcida não daria. Outra torcida iria lá no CT arrumar confusão. Pelo o que o Edu Affonso [repórter da ESPN] falou ontem, já são 40 mil ingressos vendidos. Ou seja, a torcida está abraçando o time. E do lado do Rogério, do lado do time, tem que abraçar a torcida também”, argumentou o ex-jogador.
Silas ainda deu uma dica em relação ao ataque do time, no qual vê Calleri atuando muito isolado.
“Eu pensaria no hoje. E o mais importante: dar companhia pro Calleri, ele não pode jogar sozinho. E se ele não jogar, por isso que falei, coloca o melhor que tiver em campo, até porque ele [Rogério Ceni] tirou o Calleri no outro jogo [de segunda], então, talvez não seja questão de desgaste. Acho que é pensar jogo a jogo”, afirmou.
Após escalar por muito tempo a dupla de ataque com Eder e Calleri, o técnico tricolor mudou e passou a usar Luciano ao lado do argentino, atleta que volta e participa muito mais da partida no meio-campo. Na segunda, Ceni optou por começar com um esquema 3-6-1, com o camisa 9 isolado e sem qualquer parceiro à frente. Depois, ele saiu e deu lugar a Eder.
“E também acho que é outra história, outro jogo. Foram cinco minutos de pane [do São Paulo no final da partida], e o Palmeiras também provou do veneno com o gol do Patrick [marcado ainda antes dos 20 minutos de bola rolando]", finalizou o ex-atleta.
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