O resultado manteve o Palmeiras isolado na liderança do Brasileirão, agora com 28 pontos. O Corinthians, vice-líder, tem 25. O São Paulo, que com a vitória poderia se aproximar dos líderes, estacionou na nona colocação, com 18 pontos.
As duas equipes agora voltam suas atenções para a Copa do Brasil. Na quinta-feira (23), elas se enfrentam mais uma vez, novamente no Morumbi, pelo jogo de ida da competição de mata-mata.
O melhor: Patrick
O camisa 88 teve bons momentos na partida nas mais variadas funções. Inicialmente escalado como parceiro de ataque de Calleri, foi o responsável por abrir o placar para o São Paulo. Depois, recuou para compor a linha de meio de campo e segurar as subidas de Mayke.
Foi mal: Dudu contribuiu pouco e não teve culpa
Não foi culpa dele, mas a verdade é que Dudu não acrescentou muito improvisado por Abel Ferreira e João Martins como auxiliar do improvisado lateral-direito Gómez. Confuso na marcação, o camisa 7 não apoiava muito, preso na defesa.
Cronologia
O São Paulo começou apertando a saída do Palmeiras, que demorou a se encontrar. E foi numa jogada em que Igor Vinícius forçou Veron a ceder um escanteio, que o São Paulo chegou ao gol. Rodrigo Nestor bate o escanteio bem fechado, a defesa do Palmeiras não corta e a bola ainda desvia em Gabriel Menino antes de encontrar o peito de Patrick e, na sequência, a rede de Weverton.
Mas o Palmeiras não deixou de pressionar por nem um minuto dali em diante. E, aos 45' da segunda etapa, foi recompensado. Scarpa fez boa jogada pela direita, cortou para o meio e cruzou de esquerda. Por trás da zaga, Gustavo Gómez subiu e testou com precisão no chão para matar Jandrei.
E de tanto insistir, aos 50' da segunda etapa, Murilo aproveitou confusão após escanteio de Scarpa e empurrou a bola para a rede para virar a partida a favor do Verdão.
Patrick vira parceiro de Calleri e abre o placar
Rogério Ceni decidiu trocar o parceiro de ataque de Jonathan Calleri. Com Luciano em uma seca de nove jogos sem marcar, o treinador optou por colocar Patrick como atacante. Em pouco tempo, a escolha se mostrou acertada.
O camisa 88 fez boa dupla com Reinaldo pela esquerda e deu trabalho para Gustavo Gómez, escalado como lateral-direito. Aos 17 minutos, Patrick se posicionou na segunda trave e aproveitou o desvio de Gabriel Menino para abrir o placar para o São Paulo.
Além de colocar o Tricolor em vantagem, Patrick se tornou o primeiro parceiro de ataque de Calleri escalado desde o início do jogo a balançar as redes desde que Rigoni marcou contra o Botafogo-SP, pela fase de grupos do Paulistão - Eder, contra o Red Bull Bragantino, e Luciano, contra Athletico e Fortaleza, marcaram, mas entraram no segundo tempo.
VAR é acionado três vezes no primeiro tempo
O agitado primeiro tempo contou com ao menos três análises do VAR em jogadas importantes. A primeira aconteceu no gol de Patrick. Depois do desvio de Gabriel Menino, o meia do São Paulo empurra a bola para o fundo das redes. A arbitragem, contudo, precisou analisar se a bola tocara ou não no braço do são-paulino, o que não se confirmou e o lance foi validado.
Na sequência, dois lances a favor do Palmeiras passaram por análise. Aos 20 minutos, Rony caiu após disputa com Jandrei e pediu pênalti. A arbitragem mandou seguir. Cinco minutos mais tarde, Gustavo Gómez cruzou, Veron cabeceou e Jandrei defendeu. No rebote, Piquerez furou e o goleiro são-paulino dividiu mais uma vez com Rony. Após rápida análise do lance, a arbitragem mandou seguir.
Palmeiras só começou a levar perigo aos 21'
O Palmeiras demorou um tempo para se reencontrar após sofrer o gol. Aos 21', Rony dividiu com Jandrei, em lance que o VAR afirmou não ter sido pênalti. Aos 25', Gómez cruzou e Veron, meio sem jeito, cabeceou com perigo. Jandrei espalmou como pôde, em cima da linha. Aos 31' Scarpa bateu de fora da área após ajeitada de Menino. Passou perto.
Pressão do Palmeiras cresce no fim da 1ª etapa e continua na 2ª
De lampejos, o Palmeiras passou para um domínio do jogo nos últimos minutos do 1º tempo, que seguiu no início do 2º, em especial com a subida da marcação. Gabriel Menino, Scarpa e Rony eram os mais perigosos, com muita movimentação e chutes de média distância. Veron procurava dar velocidade. E, depois da entrada de Mayke, que o liberou um tanto de ter de marcar, Dudu também passou a colaborar mais.
São Paulo perde força depois das substituições
Rogério Ceni optou por duas alterações ao mesmo tempo aos 16 minutos do segundo tempo. Saíram os amarelados Igor Vinícius e Gabriel Neves, para a entrada de Rafinha e Pablo. Apesar de afastar o risco de uma expulsão, as mudanças diminuíram o ímpeto do São Paulo na etapa final.
Em um de seus melhores jogos com a camisa do São Paulo, Gabriel Neves conseguia apertar a saída de bola e tirar os espaços de Gustavo Scarpa. Pablo Maia demorou para se encaixar na marcar. Nesse meio tempo, o Palmeiras seguiu conquistando campo e passou a incomodar a defesa são-paulina.
Aos 28 minutos, o empate não veio por muito pouco. Mayke cruzou rasteiro e Breno Lopes, que acabara de entrar, acertou o travessão de Jandrei.
O jogo do São Paulo: intensidade no primeiro tempo não se mantém
O São Paulo começou a partida com uma proposta de marcar a saída de bola do Palmeiras. Contando com boas atuações de Igor Vinícius e Gabriel Neves, o time de Rogério Ceni conseguiu desarmes importantes na primeira etapa, como no lance que gerou o escanteio aos 17 minutos, que terminou em gol de Patrick.
Na segunda etapa, o ritmo intenso perdeu força. Gabriel Neves, que recebera um cartão amarelo, foi substituído, e Pablo Maia não conseguiu manter o nível. Paralelamente, o Palmeiras começou a dominar as ações da partida.
O Jogo do Palmeiras: Desatenção no gol, pressão no resto do jogo
O gol do São Paulo tirou o Palmeiras do jogo por alguns minutos. Mas assim que se reencontrou, o Palmeiras dominou a maior parte das ações, levando muita pressão, tanto com a marcação alta, para roubar bolas, quanto articulando as jogadas. Faltou um pouco mais de empenho diante de um São Paulo que prevaleceu na força.
Tite acompanha de perto
O clássico contou com a presença de Tite em um dos camarotes do Morumbi. O técnico da seleção brasileira esteve com César Sampaio, um de seus auxiliares, acompanhando o duelo. O ex-volante atuou tanto por Palmeiras quanto por São Paulo na época de jogador. A última convocação do treinador contou com a presença dos palmeirenses Weverton e Danilo.
Ontem, Tite e César Sampaio estiveram na Neo Química Arena acompanhando a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Goiás.
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