O Athletico Paranaense perdeu a paciência com Luís Orejuela e irá devolvê-lo ao São Paulo, em junho, seis meses antes do fim do contrato de empréstimo com o Furacão. O que poucos sabem, porém, é que o atleta foi um dos maiores investimentos do clube nesta temporada.



O Torcedores.com apurou que o Athletico se comprometeu a pagar um salário mensal de R$ 150 mil. Orejuela, em outras palavras, já custou aos cofres rubro-negros R$ 750 mil somente em vencimentos neste ano.


LEIA TAMBÉM: Veja quanto o São Paulo receberá com venda de Diego Carlos ao Aston Villa

Nesta temporada, por exemplo, o defensor jogou apenas seis partidas: três na Copa Libertadores da América e três na Série A do Campeonato Brasileiro. Todas como titular. Nas duas competições, nem sequer terminou os jogos.

Seus números comprovam que ele não rendeu o esperado pelo Athletico. Nesse meio tempo, totalizou apenas 451 minutos em campo, não balançou as redes e também não fez nenhum passe para que seus companheiros marcassem gols.

Lateral de muita ofensividade, Orejuela tinha condições de encaixar muito bem ao esquema dos ex-técnicos Alberto Valentim e Fábio Carille, que jogavam em uma formação com três zagueiros, substituindo os laterais por alas, dando profundidade e ofensividade ao time.

Ainda segundo apurou a reportagem, Orejuela firmou contrato com o Athletico até o fim da atual temporada. Pelo empréstimo, o Furacão pagou R$ 800 mil. O acordo prevê a compra de 50% dos direitos econômicos por US$ 1,5 milhão (R$ 7,5 milhões, pela cotação atual).

Pagando isso, o Soberano repassaria a ‘fatia’ que tem do atleta ao Furacão. O restante do passe ainda pertence ao Ajax, da Holanda. Em um momento ruim, recebendo poucas chances, Orejuela é a terceira opção de Luiz Felipe Scolari para a lateral-direita estando atrás de Khellven e Leonardo Ataíde.

Conta alta
Por questões de confidencialidade do contrato, o Athletico decidiu não se pronunciar sobre o lado financeiro da ‘Operação Orejuela”. O estafe do jogador, em contato com o Torcedores.com, confirmou que as partes negociam uma rescisão do contrato.

O Furacão, porém, prevê uma economia de R$ 1,05 milhão somente com os vencimentos do atleta. Contudo, as partes precisam alinhar como ficará o pagamento das cláusulas previstas em contrato: luvas, direitos de imagem e bonificações – como a classificação para as oitavas da Copa Libertadores da América.

Inicialmente, Luís Orejuela recebeu R$ 1 milhão com premiação pela assinatura de contrato. O valor, que foi diluído em seu salário, também foi dividido a agência Prosport Management, dos Estados Unidos, que o agencia desde os tempos de Deportivo Cali.

Histórico de lesões
Contratado pelo Cruzeiro em 2019, Luís Orejuela chegou na Toca da Raposa II indicado pelo técnico Mano Menezes. Afinal, o jogador tinha o status de grande revelação do futebol colombiano.

A imprensa de seu país o apelidou de “Novo Cafú”, capitão da seleção brasileira no pentacampeonato mundial, devido a velocidade, habilidade, agilidade e vigor físico em campo. Apesar disso, o colombiano alternou bons e maus momentos com a camisa celeste.

O defensor integrou o elenco que venceu o Campeonato Mineiro de 2019. No entanto, fez parte do time que rebaixou o Cruzeiro pela primeira vez para a Série B do Campeonato Brasileiro. Ao todo, foram 35 partidas, quatro gols e uma assistência.

Apesar dos números expressivos, ele sofreu uma lesão nos ligamentos do joelho direito. Após procedimento cirúrgico, o jogador ficou inativo por três meses. Depois disso, nunca mais foi visto em campo pelo clube.

Na temporada seguinte, Orejuela foi emprestado ao Grêmio onde chegou para disputar posição com Víctor Ferraz e Léo Gomes. Na sua passagem pelo clube, ele teve três lesões musculares. A mais importante foi na coxa esquerda que o tirou de combate por 40 dias.



Em 2021, o lateral foi novamente emprestado e, desta vez, se transferiu para o São Paulo. No entanto, o colombiano não conseguiu emplacar uma boa sequência de jogos e sofreu duas importantes lesões na coxa esquerda. Deixou o Morumbi, após 15 partidas e um gol.

Investimento, Orejuela, cofres, Athletico Paranaense