Procurado pela reportagem do UOL Esporte, o São Paulo afirmou não ter sido notificado da ação e, por isso, não iria se manifestar. A DIS tinha 68% dos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso. No acordo de 9,45 milhões de euros, o grupo teve direito a 4,5 milhões de euros, além de outros 20% de uma venda futura. A dívida com a empresa de gerenciamento de atletas consta nos balanços do São Paulo desde 2018. No mais recente, o de 2020, o clube afirma dever a quantia de R$ 2,42 milhões à DIS pela negociação envolvendo Ganso.
A DIS faz dois pedidos na ação. O primeiro é para o São Paulo mostrar à Justiça os contratos de câmbio firmados com a empresa de gerenciamento para o recebimento da parcela devida. Também é pedido que o clube apresente os documentos referentes às cobranças que teriam sido feitas ao Sevilla pelo montante que o clube ainda teria a receber do time espanhol.
Em entrevista a Ricardo Perrone, colunista do UOL Esporte, em 2019, Elias Barquete Albarello, então diretor-executivo financeiro do São Paulo, afirmou que as dívidas da transação de Ganso ainda não haviam sido pagas por causa de uma discussão com o governo espanhol sobre quanto precisaria desembolsar em impostos para receber a quantia vinda do Sevilla. As demonstrações financeiras do clube em 2018 mostravam, de fato, que o São Paulo ainda tinha R$ 8.821.000 a receber do Sevilla. O valor, no entanto, não consta no balanço mais recente, publicado em 2020.
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