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No podcast Posse de Bola #183, Arnaldo Ribeiro afirma que é inadmissível que Rogério Ceni não seja capaz de assumir os seus erros e que ele precisa de um espelho para dizer 'eu errei', além de melhorar sua comunicação, um fator que pode comprometer a carreira como técnico e complicar a relação com um grupo de jogadores.
"Vejo um técnico com problemas táticos, com uma necessidade de colocar as digitais em cada jogo, em cada situação e em cada escalação e vejo o eterno problema de relacionamento e de comunicação. O dia em que o Rogério Ceni, jogador super campeão e técnico promissor até o momento, chegar numa entrevista e dizer 'eu errei, a responsabilidade é minha', eu, como diz o Juca, 'corto meu braço'. Ele não é capaz de admitir um erro, isso é uma coisa absurda", diz Arnaldo.
"Ele é incapaz de admitir um erro e as pessoas que não admitem erros são pessoas discutíveis, no mínimo. Para um treinador de futebol que comanda 30 e tantos não admitir um erro, ele está morto, porque passa tudo para os 32. Um comandante tem que admitir os próprios erros e tem que saber mobilizar seus comandados. O Rogério Ceni como jogador já tinha essa situação, só que aí tinha divisão de responsabilidades, tem outros jogadores, mesmo ele sendo maior, o capitão. Como treinador, ele não pode continuar sendo a pessoa que é", completa.
O jornalista afirma que a relação ruim com os torcedores do São Paulo, que ainda não voltaram a cantar o nome do técnico no Morumbi, é também devido à dificuldade de comunicação por parte de Rogério Ceni.
"Ou ele muda a forma de enxergar o mundo e se comunicar, ou ele não vai ter sucesso na profissão. Pode ser no São Paulo, que é o clube que ele conhece tão bem e curiosamente ele não tem mais a mesma boa vontade por parte do torcedor que ele tinha. O estádio até agora não cantou o nome dele desde que ele voltou ao São Paulo e não é pela declaração de amor ao Flamengo só, é pelas questões da dificuldade de comunicação", diz Arnaldo.
"Ele na partida contra o Grêmio foi um desastre taticamente falando, um desastre na mobilização do time e um desastre na entrevista depois do jogo. Ele não disse nenhuma vez a palavra 'eu errei'. Às vezes a pessoa não consegue olhar no espelho e falar 'eu errei', 'eu erro', 'eu não sou perfeito'. Acho que o Rogério Ceni precisa de um espelho, é uma situação nítida para mim", conclui.
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