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Dívida do São Paulo aumenta em 2021 e se aproxima de R$ 675 milhões

O balancete divulgado pelo São Paulo referente ao acumulado do ano até setembro mostra um aumento de R$ 70 milhões na dívida do clube. O atual valor é de aproximadamente R$ 675 milhões. Em dezembro de 2020, o déficit são-paulino girava em torno de R$ 605 milhões. Os números foram publicados no site oficial do clube. "É um aumento grande de um ano para o outro.



O comportamento da dívida é incompatível com o ano e com as declarações da diretoria. O aumento está associado a questões salariais, acordos e à necessidade de suportar o aumento de custos que disseram que não haveria. Ou seja, o aumento foi causado pela gestão e não por aspectos externos", analisa Cesar Grafietti, economista economista e especialista em gestão e finanças do esporte.

A situação financeira do São Paulo fez com que o conselho fiscal do clube emitisse um relatório mostrando preocupação com a situação. Em sua análise, o conselho fiscal pede cautela do clube quando for fazer grandes contratações. Os membros usaram como exemplo a rescisão de Daniel Alves. O São Paulo acumulou uma dívida entre R$ 15 milhões e R$ 18 milhões com o jogador. O clube estimulou uma economia de R$ 27 milhões com o rompimento do contrato.

"A rescisão do jogador Daniel Alves, que causou grande impacto negativo nas finanças do clube, se demonstrou inevitável. Todavia a sua passagem demonstra a importância de planejamento e responsabilidade nas contratações do futebol profissional pois sempre envolvem valores estratosféricos, sendo certo que qualquer erro com relação a essa temática pode comprometer por anos a saúde financeira do clube, assim como no caso em tela", diz o relatório do conselho fiscal.

Os cinco membros que assinam o relatório de 11 de novembro disponível no site oficial do São Paulo consideram urgente que o clube aumente a venda de jogadores na próxima janela de transferências. O último balancete divulgado pelo São Paulo, referente ao acumulado até setembro, mostra que a instituição está muito abaixo da arrecadação prevista para venda de jogadores em 2021. O clube esperava acumular R$ 144,6 milhões com negociações, mas até o momento conseguiu apenas R$ 75,8 milhões.

Procurado, o São Paulo preferiu não se manifestar. O UOL Esporte apurou que o clube, apesar de se preocupar com o aumento do déficit, tem como prioridade renegociar dívidas de curto prazo, que podem causar punições aos times, como perda de pontos em campeonatos e a proibição de registrar novos jogadores. Além disso, o não pagamento das dívidas tornaria mais difícil pegar novos empréstimos. Atualmente, o clube tricolor tem pouco menos de R$ 370 milhões da dívida em curto prazo - a longo prazo, a quantia é de R$ 305,5 milhões. Em 2021, o São Paulo já pegou R$ 154,3 milhões em empréstimos para o pagamento de dívidas de curto prazo. O orçamento do ano, aprovado pelo conselho deliberativo prevê que esse número aumente para R$ 176 milhões. Em seu balancete, o São Paulo detalhou o uso de parte do valor. Foram quitadas dívidas em relação às contratações do atacante Pablo, do goleiro Tiago Volpi, além de dívidas com o Orlando City (EUA) pelo empréstimo de Kaká e com o Dínamo de Kiev (UCR) pela contratação do meia Tchê Tchê. Essa última, de R$ 26,1 milhões, impediu que o clube tricolor fosse punido pela Fifa.



A situação financeira fez com que a diretoria são-paulina passasse a adotar um discurso cauteloso sobre a próxima temporada. Carlos Belmonte, diretor de futebol, já afirmou que o clube não fará grandes contratações para a próxima temporada. Em entrevista coletiva recente, o técnico Rogério Ceni afirmou que os próximos anos serão "muito difíceis" para a equipe tricolor e previu um time mais simples para 2022.

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