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João Adriano e Davi dividem a saudade e o sonho da bola no São Paulo

João Adriano e Davi: irmãos que sonham com uma longa trajetória no São Paulo — Foto: ge

O primeiro chute, o primeiro passe e os primeiros abraços. João Adriano e Davi são irmãos que se dizem “grudados”. A relação de afeição desde o nascimento do mais novo segue nos corredores do CFA Laudo Natel, casa das categorias de base do São Paulo na cidade de Cotia. Os dois são jogadores tricolores e compartilham desde a saudade da família até o sonho de dividirem o campo como profissionais.



Aos 18 anos, João Adriano é atacante e está no primeiro ano do sub-20, equipe comandada por Alex. Já Davi, aos 15, é zagueiro e defende o sub-15 do São Paulo. Os dois são filhos de Emerson Almeida, ex-jogador do Criciúma e que enfrentou (e venceu) o clube tricolor na Libertadores de 1992, ano do primeiro título são-paulino no torneio. Os dois irmãos saíram de Araranguá, no litoral catarinense, para iniciar a trajetória em Cotia.


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João Adriano veio primeiro. Após se destacar em um campeonato sub-13 no Rio Grande do Sul, o atacante chamou a atenção do São Paulo e acabou contratado no ano de 2017. Davi, por outro lado, superou uma "peneira", viveu um processo de seis meses de monitoramento e foi incorporado à base em 2019.

A vinda de Davi mudou a vida da família toda. Os pais também adquiriram um "cantinho" na capital paulista, a fim de permanecerem próximos dos filhos, e vivenciaram a primeira festa de família logo no primeiro ano. João, no sub-17, e Davi, no sub-13, conquistaram o Campeonato Paulista em 2019 e celebraram juntos, grudados como gostam.

– A gente sempre fez tudo junto. Estamos longe dos pais, mas tê-lo aqui por perto é o melhor. Ajuda a matar as saudades da família. Sempre fomos grudados. Muitas vezes vou ao quarto dele e trocamos ideia, dá para curtir muito a presença dele aqui – contou João Adriano, que mora em Cotia com o irmão.

– Sempre aperta a saudade da família e da cidade, mas o profissionalismo vem na frente. Você começa cedo como jogador, então precisa ter a cabeça boa para lidar com as emoções. Por isso é muito importante e muito bom ter o meu irmão aqui do lado, tanto para a resenha quanto nas horas de desabafar – comentou Davi, que aos 15 se apega ao irmão por um sonho em dupla.

– É por um bem maior, é sonho, nem todo mundo tem essa oportunidade que nós estamos tendo – comentou o zagueiro, que ao lado de João forma a única dupla de irmãos da base são-paulina.

Do berço ao campo

A diferença de idade entre João e Davi se encontra na casa dos dois anos e 11 meses, como ambos gostam de ressaltar. A faixa etária relativamente próxima promoveu o contato em dupla com o jogo desde cedo, como contou o caçula durante a entrevista.

– Nossas posições são diferentes, mas me espelho no João pela dedicação e comportamento em campo. Pô, aprendi a jogar bola com ele. A primeira pessoa que dei um passe foi ele, então sempre terei coisas para me espelhar – relatou Davi.

Mais velho, João Adriano está mais próximo do sonho de ser profissional. No primeiro ano de sub-20, o atacante vem sendo utilizado pelo técnico Alex e recentemente deixou a marca na goleada por 8 a 0 sobre o Santos, em amistoso realizado em Cotia.

Para o grande objetivo de carreira ficar completo, contudo, João quer ter Davi ao lado, de preferência em um Morumbi lotado a médio prazo, com a torcida são-paulina reverenciando os dois irmãos de Araranguá, cidade de pouco mais de 68 mil habitantes, segundo números de 2019 do IBGE.

– O nosso maior sonho é jogarmos juntos no profissional do São Paulo. Já estamos no mesmo clube, agora almejamos jogar juntos. Uma final, comigo cruzando e ele fazendo o gol, ou com ele lançando e eu fazendo o gol. É um sonho, tomara que a gente possa realizar – declarou o irmão mais velho.

Uma vez irmãos, sempre irmãos

O mais velho não queria perder do mais novo, e mais novo não queria perder do mais velho. Desde cedo, João Adriano e Davi nutriram a competitividade necessária para explorar a carreira de jogador de futebol.

Ao mesmo tempo, formaram parceria para se proteger das broncas, com espírito coletivo necessário para formar parte de um time. Os ensinamentos vieram da simples convivência de irmãos.

– Em casa, quebramos muita coisa jogando bola. Normalmente eu, como mais velho, levava mais bronca. Tinham que dar exemplo (risos), mas a gente era parceiro e se protegia. Teve uma vez que a gente morava em um prédio e jogávamos no estacionamento, e de lá a gente via a nossa janela no primeiro andar. Certo dia, dei um chutão e quebrei a janela – contou João.

Por ser mais velho, o atacante assumia a responsabilidade e muitas vezes protegia Davi. Porém, engana-se que tal postura limava o caçula quando a bola rolava, seja no “gol a gol” ou nas peladas na cidade catarinense.



– Quando era contra ele, eu sempre dava 101% (risos). A gente tem uma rivalidade amistosa quando joga contra o outro, sempre brincando, aquela famosa coisa de irmão – enalteceu Davi, que acompanha os passos do mais velho perante o sonho comum de um dia tabelarem no profissional do São Paulo.

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Comentários (3)
11/06/2021 22:14:50 gatobranco

FAMILIA , é tudo na vida.....

Com os dois pensando assim, com certeza tem tudo pra dar certo parabéns.

11/06/2021 11:36:49 Augusto Pereira

HÃ?

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