A Justiça de São Paulo marcou para o próximo dia 16 de junho uma perícia no estádio do Morumbi para averiguar as condições de segurança no local onde, há cinco anos, um acidente deixou feridos após uma grade se romper e cerca de 30 pessoas caírem em um fosso durante o duelo entre São Paulo e Atlético-MG, pelas quartas de final da Libertadores de 2016.
O processo se arrasta desde então. O Ministério Público de São Paulo processou o clube e a Federação Paulista de Futebol cobrando indenizações aos feridos e à sociedade, além de garantias de segurança no estádio.
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Cinco anos depois, porém, o local que recebeu torcedores naquela noite já não existe como era. Hoje, a área no anel inferior do Morumbi é um restaurante.
A perícia, feita por perito indicado pela Justiça, foi determinada em fevereiro de 2020. Desde então, as partes discutiram a remuneração ao profissional e questões que devem ser respondidas por ele. O serviço custará R$ 13,9 mil, valor dividido entre o São Paulo e a Federação Paulista.
O Ministério Público alega que laudos da época indicavam falhas nos gradis que separavam a torcida do fosso que circunda o campo do Morumbi. Investigação da Polícia Civil indicou que os objetos cederam com a ação da torcida ao comemorar um gol do time da casa.
Depois do acidente, o São Paulo apresentou um laudo particular feito a pedido do clube que indicava que o local, após manutenção, estava apto a receber torcedores – para afastar o risco de a Justiça determinar a interdição do estádio ou de parte dele.
A promotoria cobrava uma indenização por danos sociais e sugeriu que fosse pago o dobro da renda da partida, que foi de R$ 4,1 milhões. Esse pedido foi rejeitado pela Justiça, que chegou a extinguir o processo, mas o Ministério Público recorreu pedindo que fossem comprovadas as condições de segurança do Morumbi – que não chegou a ser interditado e continuou recebendo público normalmente durante o transcorrer da ação.
Entre os questionamentos que o perito deve responder ao Ministério Público, está a necessidade de esclarecimento na "relação existente entre o fato gerador do rompimento e a atual presença no local de um restaurante". A promotoria quer saber se essa mudança altera a necessidade de cumprimento de normas para guarda-corpos.
Justiça, perícia, Morumbi, acidente
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