A epidemia de gripe suína que vem preocupando todo o planeta virou motivo de intimidação nos campos de futebol. Na noite da última quarta-feira, o zagueiro mexicano Héctor Reynoso, do Chivas, tossiu e espirrou no rosto do argentino Penco, do Everton-CHI, em duelo válido pela última rodada do grupo 6 da Taça Libertadores.

A atitude, que não foi reeprendida pelo árbitro da partida, aconteceu no final do segundo tempo do duelo que terminou empatado em 1 a 1. Após levar uma entrada de Penco, Reynoso, de 28 anos, foi tirar satisfações. Em declarações à imprensa mexicana, o defensor disse ter se arrependido, mas explicou os motivos que o levaram a provocar o adversário de maneira tão radical.

- Durante o jogo nos chamaram de leprosos e ele (Penco) disse que eu estava doente e infectado – afirmou o defensor, em declarações publicadas pelo jornal “El Financero”.

O presidente do Chivas, Jorge Vergara, disse entender a atitude de Reynoso.

- Entendo a reação de Reynoso, mas não compactuo com ele, que deveria ter tido mais autocontrole. Mas os jogadores estavam muito ofendidos, desde antes da partida, pois estavam, sendo tratados como doentes – afirmou o dirigente revelando que os atletas do Chivas saíram do Chile sendo tratados como criminosos e não como turistas ou profissionais.

O Chivas Guadalajara será o adversário do São Paulo nas oitavas-de-final da Libertadores. Devido a epidemia da doença, a Conmebol requisitou que os jogos com mando de campo dos clubes mexicanos na próxima fase (além do Chivas, o San Luis também está classificado) seja realizados em Bogotá. No entanto, a prefeitura da cidade colombiana não quer receber os jogos.