"Não vamos pescar aquilo que está no mar do esquecimento. Temos que buscar novos ânimos para a Copa Libertadores, que sempre foi nossa prioridade no ano. Esse tipo de comparação não tem nada a ver". Com essa afirmação, o goleiro Bosco enterrou de vez qualquer comparação entre ele e Rogério Ceni, dono absoluto da posição no São Paulo, mas que se recupera de lesão no tornozelo.

Substituto do capitão pelos próximos meses, período em que Ceni ficará entregue ao departamento médico, Bosco se irritou quando questionado se seu companheiro, acostumado a atuar praticamente como um líbero à frente da defesa são-paulina, teria conseguido impedir o gol de Ronaldo na segunda semifinal do Campeonato Paulista (vencida pelo Corinthians por 2 a 0), justamente por jogar mais adiantado.

"Um jogador age diferente do outro. Temos que respeitar a individualidade de cada um e saber que minha decisão foi tomada em prol da equipe e não imaginar o que o Rogério faria. Ele pensa de um modo, eu penso de outro. O goleiro tem frações de segundo para tomar uma decisão e não há como voltar atrás", defendeu-se.

Bosco também adotou postura cautelosa quando o assunto foi a possibilidade da contratação de um novo goleiro experiente para o grupo de Muricy Ramalho, que conta atualmente com Denis, ex-Ponte Preta, e Fabiano, criado no clube, como opções para a reserva.

"O clube tem o direito de contratar o jogador que quiser, para a posição que quiser. Cabe a nós jogadores fazermos o melhor possível dentro de campo para que esse profissional, se vier, encontre dificuldades para entrar no time e conquistar a titularidade", concluiu.