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Conheça os perfis dos 11 treinadores listados no livro de Maurício Noriega

Brandão, Feola, Bella Gutman, Lula, Zagallo, Rubens Minelli, Ênio Andrade, Telê, Luxemburgo, Felipão e Muricy foram selecionados pelo jornalista

Conheça a trajetória dos 11 treinadores relacionados como os melhores do Brasil em todos os tempos no livro do jornalista Maurício Noriega.
Oswaldo Brandão - Em uma carreira de mais de 30 anos, Oswaldo Brandão marcou seu nome no futebol brasileiro. Em São Paulo, conquistou sete títulos estaduais. O mais marcante foi o de 1977, no comando do Corinthians, quebrando um jejum que durava desde 1954. Quando, curiosamente, também estava à frente do Timão. Foi campeão paulista também pelo Palmeiras (1947, 59, 72 e 74) e São Paulo (71). No Alviverde, foi bicampeão brasileiro em 72 e 73. Brandão comandou a seleção brasileira em dois momentos: em 1957, no Campeonato Sul-Americano e nas Eliminatórias para a Copa de 58; e de 75 a 77. Foi campeão do Torneio Bicentenário dos Estados Unidos (76). Faleceu em 29 de julho de 1989, aos 72 anos.


Vicente Feola - Bicampeão paulista no comando do São Paulo em 1948 e 49, Feola assumiu o comando da seleção brasileira um mês antes da estreia da equipe na Copa de 1958. E teve o mérito de convocar os melhores jogadores e alterar de forma eficiente o time durante a competição. Em 1959, voltou ao São Paulo. E em 1961, foi para a Argentina, onde foi bicampeão nacional com o Boca Juniors. Em 1964, retornou à seleção brasileira. Após uma preparação atribulada para o Mundial de 66, quando mais de 40 jogadores chegaram a participar da fase de treinamentos, não conseguiu repetir na Inglaterra o sucesso obtido na Suécia. Faleceu em 6 de novembro de 1975, aos 66 anos.



Bella Gutmann - Comandante do lendário time do Honved, o treinador húngaro decidiu ficar no Brasil após a passagem do clube de Puskas e companhia pelo país em 1957. No mesmo ano, foi contratado pelo São Paulo e introduziu no país novidades táticas e de treinamento. Foi campeão paulista pelo Tricolor naquele ano. Em seguida, voltou à Europa, onde comandou Porto e Benfica. No time de Lisboa, mais uma vez demonstrou sua capacidade, levando o time português ao bicampeonato europeu em 62 e 63.

Lula - Treinador do Santos durante a fase áurea do clube. De 1954 a 66, conquistou 38 títulos pelo Alvinegro praiano. Incluindo oito Campeonatos Paulistas, cinco Taças Brasil, duas Taças Libertadores e dois Mundiais Interclubes. Apesar da trajetória vitoriosa, sempre teve que conviver com a fama de que era um mero 'distribuidor de camisas' em um elenco repleto de astros, que jogavam sozinhos. Depois de deixar o Santos, foi treinar o Corinthians. E esteve no comando da equipe em 1968, quando o Timão quebrou o tabu de quase 11 anos sem vencer o Peixe em Paulistas. Apesar de tantas conquistas no Santos, nunca recebeu uma oportunidade na seleção brasileira. Faleceu em 15 de junho de 1972, com apenas 50 anos.

Zagallo - Único ser humano com quatro títulos mundiais de futebol no currículo, Zagallo atingiu o auge como treinador com apenas três anos de experiência na função. Dois anos depois de encerrar a carreira de jogador, assumiu o comando do Botafogo em 1967. E no mesmo ano foi campeão carioca. Repetiu a dose em 68. Três meses antes da Copa de 70, aceitou o desafio de substituir João Saldanha no comando da seleção. E mostrou competência ao conseguir encontrar uma fórmula para reunir craques como Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino e Jairzinho no mesmo time, formando o que foi, para muitos especialistas, o melhor time de futebol de todos os tempos. Após a conquista no México, seguiu na seleção e ainda foi campeão carioca em 71 (Fluminense) e 72 (Flamengo). Mas teve o trabalho contestado na Copa de 74, deixando a seleção após o Mundial. Após passagens por países do Oriente Médio, voltou a trabalhar em clubes cariocas (Fluminense, Botafogo, Vasco, Bangu) sem grande sucesso. Em 1994, foi auxiliar-técnico de Parreira na seleção brasileira e assumiu o cargo do amigo após a conquista do tetra. Ganhou a Copa América e a Copa das Confederações em 97. Mas deixou o cargo após a derrota para a França na final do Mundial de 98. Após passagem pela Portuguesa (99), foi campeão carioca pelo Flamengo em 2001. Voltou à seleção em 2003, novamente como auxiliar de Parreira. Deixou o cargo após a eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa de 2006.

Rubens Minelli - Campeão pernambucano pelo Sport em 1966, Rubens Minelli alcançou o auge da carreira nos anos 70. Em 1974, chegou ao Internacional e alçou o clube a um novo patamar, conquistando o bicampeonato brasileiro em 75 e 76. No ano seguinte, transferiu-se para o São Paulo. E o troféu de campeão nacional também foi para o Morumbi. Minelli foi até o ano passado o único treinador com três títulos brasileiros consecutivos. Feito igualado por Muricy Ramalho. Também teve sucesso no Grêmio (campeão gaúcho de 85) e no Paraná Clube (títulos paranaenses de 93, 94 e 97). Apesar das conquistas, não teve experiência na seleção brasileira.

Ênio Andrade - Campeão pan-americano em 56 como jogador com a seleção brasileira, Ênio Andrade iniciou a carreira de técnico em 1962, com apenas 32 anos. Seus grandes feitos foram as conquistas de três títulos brasileiros em um espaço de sete anos. E por três clubes diferentes: Inter (79), Grêmio (81) e Coritiba (85). Também obteve sucesso no Cruzeiro, pelo qual foi campeão da Supercopa da Libertadores (91 e 92), Campeonato Mineiro (92) e Copa Ouro (95). Faleceu em 22 de janeiro de 1997, aos 66 anos.

Telê Santana - Jogador do Fluminense de 1951 a 60, Telê Santana iniciou a carreira de treinador em 69, exatamente no Tricolor carioca. E logo foi campeão estadual. Conquistou no clube também o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 70. No mesmo ano, foi para o Atlético-MG, também ganhando o título estadual. E o primeiro Campeonato Brasileiro, disputado em 1971. Em 77, venceu o Gauchão pelo Grêmio, interrompendo oito anos de domínio do Inter. Em 1979, levou o Palmeiras à semifinal do Brasileiro. A sequência de bons trabalhos fizeram o então presidente da CBF, Giulite Coutinho, convidá-lo para assumir a seleção em 1980. Formou o selecionado reconhecido como o melhor dos últimos 35 anos. Mas a derrota para a Itália na Copa de 82 causou a sua saída do cargo. Após passagem pelo Al-Ahly (Arábia Saudita), voltou à seleção em 1985. E ficou até a eliminação na Copa de 86, diante da França. Após treinar Atlético-MG e Flamengo, chegou ao São Paulo em 1990. E marcou época no clube paulista, ganhando dois títulos paulistas (91/92), o Brasileiro de 91, as Libertadores e os Mundiais Interclubes em 92 e 93. Além da Supercopa da Libertadores-93 e as Recopas Sul-Americanas de 93 e 94. Em 1996, sofeu uma isquemia cerebral, que o obrigou a deixar o futebol. Faleceu em 21 de abril de 2006, com 75 anos.

Vanderlei Luxemburgo - Lateral-esquerdo de recursos técnicos limitados do Flamengo nos anos 70, Vanderlei Luxemburgo eternizou seu nome no futebol brasileiro como treinador. É dono de um dos currículos mais vitoriosos do país, com cinco títulos brasileiros (um recorde), dez estaduais (oito paulistas, um mineiro e um capixaba), uma Copa do Brasil e dois Rio-São Paulo. Chegar à seleção brasileira era algo natural. Foi convidado para o cargo após a Copa de 1998. Apesar de ter ganho a Copa América de 99, deixou o posto após os Jogos Olímpicos de 2000, sem ter a oportunidade de disputar um Mundial. No final de 2004, após ganhar o Brasileiro pelo Santos, foi contratado pelo Real Madrid. No comando dos 'galácticos', não obteve sucesso e foi demitido em 2005. Voltou ao futebol brasileiro e conquistou novos títulos por Santos e Palmeiras.

Luiz Felipe Scolari - Felipão iniciou a carreira de treinador em 1982 no CSA-AL, clube em que encerrou a trajetória como jogador. Em 87, chamou a atenção no cenário nacional ao ganhar o título gaúcho com o Grêmio. Quatro anos depois, voltou a mostrar competência, vencendo a Copa do Brasil com o Criciúma. Após dois anos no futebol árabe, retornou ao Grêmio em 1993. E fez história no time gaúcho, ganhando títulos em anos seguidos: Copa do Brasil-94, Libertadores e Gaúcho-95 e Brasileiro e Recopa da Libertadores-96. Depois de treinar o Jubilo Iwata (Japão), retornou ao Brasil e assumiu o Palmeiras. No clube paulista, voltou a ganhar a Copa do Brasil (98) e a Libertadores (99). Além da Copa Mercosul-98. Após passagem sem brilho pelo Cruzeiro, foi convidado a substituir Leão na seleção brasileira em junho de 2001. E liderou o Brasil ao penta em 2002. Depois da conquista, mudou de seleção, indo treinar Portugal. Com a nova camisa, chegou à final da Eurocopa de 2004 (vice-campeão) e às semifinais da Copa de 2006 (quarto lugar). Em junho do ano passado, foi contratado a peso de ouro pelo Chelsea. Mas foi demitido em fevereiro.

Muricy Ramalho - Jogador do São Paulo nos anos 70 e auxiliar de Telê Santana no clube na década de 90, Muricy dirigiu o Expressinho Tricolor que conquistou a Copa Conmebol em 94. Após ser bicampeão pernambucano pelo Náutico em 2001/2002, assumiu o comando do Internacional no final de 2002. No Colorado, foi campeão gaúcho em 2003 e 2005 e levou o time ao vice-campeonato brasileiro daquele ano, atrás do Corinthians, no polêmico Nacional marcado pelos jogos anulados devido ao escândalo envolvendo o árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Em 2006, retornou ao São Paulo. Foi vice da Libertadores, perdendo exatamente para o Inter. Mas iniciou uma sequência de conquistas de Brasileiros. Com o tricampeonato, igualou o feito de Rubens Minelli.

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