O duelo vai ser no Allianz Parque. É a primeira partida do Palmeiras em sua casa depois do fim das restrições no Estado. Contra Flamengo e Defensa y Justicia, o time atuou no Mané Garrincha, em Brasília. Como perdeu as duas taças, não está descartado alguns protestos de torcedores na chegada do ônibus à arena. Alguns jogadores, como Luiz Adriano, serão cobrados.
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Quem também deverá ouvir poucas e boas é o treinador Abel Ferreira. Há facções dentro do Palmeiras que começam a achar o técnico popular demais, passando do ponto em suas festividades e exposição no Brasil. As cobranças vão ser sobre as escolhas dos cobradores de pênaltis e suas expulsões. A torcida vai enquadrar o português. Ele vai conhecer outra faceta do futebol brasileiro, a de condenar depois dos aplausos, em curto espaço de tempo. Basta olhar para o Grêmio, que demitiu na quinta Renato Gaúcho por causa do fracasso do time na Libertadores. Ele tinha acabado de renovar contrato. Futebol é assim, diria Muricy Ramalho.
Depois de um ano de vitórias, o Palmeiras entra para o clássico pressionado pelos fracassos na Recopa e Supercopa. Eram duas taças e o time ficou sem nenhuma por falta de competência. Daí a necessidade de fazer uma boa partida e ganhar. Minimizar os tropeços. Retomar o caminho da seriedade.
O time visitante chega de peito estufado. Hernán Crespo avisou que vai mandar a campo o melhor São Paulo. O argentino sabe o que é clássico. Já viveu isso no seu país e também na Itália. Além disso, teve boa semana até agora. Ganhou as três partidas que disputou pelo Paulistão, uma delas diante do bom Bragantino. Seus jogadores principais descansaram na última rodada diante do Guarani e estão famintos para atuar.
Não seria demais admitir que o São Paulo é favorito pelo astral e ambiente de maior confiança.
Abel Ferreira não teve tempo para treinar. Vai avaliar seus jogadores na banheira com gelo. Apesar dos tropeços e das críticas, o Palmeiras tem um elenco bom e bons jogadores. Não perdeu sua vontade de ganhar em 2021. Há problemas no vestiário e há atletas descontentes com o banco. Abel terá então de demonstrar mais uma qualidade, a de aglutinar o grupo em prol de um objetivo, que precisa ser de todos no elenco. Luxemburgo passou por isso antes de cair. Abel tem essa desafio.
Ele próprio terá de mostrar mais tranquilidade à beira do gramando. Poderia trabalhar de máscara para se proteger da covid-19 e também para ninguém ouvir suas declarações para os árbitros. Perto da meia noite, saberemos quem se deu bem na partida. Ainda bem que amanhã é sábado. Para são-paulinos e palmeirenses que têm de acordar cedo, eu lamento.
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