Veja abaixo algumas das semelhanças
Algo que pode estar facilitando a adaptação de Crespo e dos próprios jogadores do São Paulo ao novo - considerado novo durante a fase de adaptação dos jogadores para o campo - trabalho realizado é a semelhança da filosofia do argentino com a de Fernando Diniz. Crespo do São Paulo opta por uma saída de bola que começa a ser construída desde os zagueiros, passando pelos volantes, com triangulações curtas pelo meio até chegar ao ataque, um dos pontos principais do “Dinizismo” e o mais adorado pela torcida - talvez o único adorado.
Crespo também é conhecido por montar equipes ofensivas, que atacam bastante seus adversários e fazem o famoso “perde e pressiona” para recuperar a bola com rapidez, ainda em seu campo de ataque. Contudo, um dos pontos falhos do treinador também é o sistema defensivo exatamente por buscar muito ir a fundo no ataque, algo que se tornou quase que recorrente na carreira de Fernando Diniz, gerou pressão e intolerância da torcida e, por fim, sua queda.
Se a torcida esperava um time ofensivo taticamente para essa temporada, que ataca muito e às vezes encontra certo desequilíbrio nas linhas de defesa, encontrou um técnico que busca adaptar e melhorar este formato no decorrer dos anos.
Além disso, outro ponto semelhante entre os dois treinadores é o uso de jovens jogadores na montagem de suas equipes combinado com peças mais experientes para trazer inteligência, versatilidade e agilidade pontual ao time tático - fato que na teoria é muito bom, mas na hora de colocar em prática depende de detalhes, visão de jogo estratégica e esforço. Diniz deu espaço para as categorias de base e para atletas desacreditados em outras equipes e resgatou jogadores no São Paulo - como foi o caso de, Brenner - algo que Crespo também fez na Argentina e tem como filosofia.
Com o auxílio de Milton Cruz, que retornou ao São Paulo tendo como uma das funções facilitar a integração de meninos da base e trazê-los para treinar com o elenco durante a semana, este processo está se tornando uma cultura no São Paulo.
No Defensa y Justicia, Crespo formou uma equipe jovem com este mesmo conceito, somado a muitos jogadores emprestados, que não tinham espaço em seus times, formou o famoso "catadão" observando o mercado e as oportunidade. Primeiro montou sua tática, depois procurou peça por peça dentro das oportunidades quem seria cada jogador em sua mesa de campo. E com nomes pouco conhecidos para o futebol argentino conquistou a Copa Sul-Americana comandando um elenco de encostados e desacreditados.
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