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Libertadores: Covid no Brasil preocupa, e Conmebol teme adiamentos

esidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, que terá que administrar a pandemia para realizar as competições em 2021 (magem: Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte)

O adiamento de jogos como o válido pela terceira fase preliminar da Libertadores entre Independiente Del Valle e Grêmio, que deveria ser disputado nesta quarta-feira (7) em Quito, pode se tornar corriqueiro nos torneios sul-americanos em 2021. Essa é a avaliação de cartolas depois de federações filiadas e representantes governamentais subirem o tom em preocupação à variante brasileira da covid-19.



Del Valle x Grêmio foi transferido para Assunção, na sexta (9), depois que o governo equatoriano vetou a partida por causa de dois jogadores gremistas, Paulo Victor e Vanderson, que testaram positivo para covid-19 já no Equador — o técnico Renato Gaúcho não viajou por ter positivado ainda no Brasil.


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A Conmebol se irritou porque, pelo protocolo aprovado pelos governos dos dez países filiados, caso houvesse doentes em times visitantes já em solo estrangeiro esses jogadores seriam isolados e os negativados liberados a atuar. O governo equatoriano, entretanto, proibiu a delegação do Grêmio de deixar o hotel para treinar, avisou que toda a delegação deveria entrar em quarentena e que o jogo não ocorreria.

A preocupação dentro da confederação sul-americana é de que a atitude equatoriana se torne regra. Houve nas últimas semanas contatos de cartolas e de membros governamentais preocupados com o protocolo das competições. O foco, claro, é o Brasil, de onde surgiu uma variante da covid-19 que, segundo os especialistas, tem contágio mais rápido e infecções mais graves. Serão ao menos 14 brasileiros em ação na Libertadores e na Sul-Americana, a depender das classificações de Grêmio e Santos na "pré" Libertadores.

As fases de grupo das duas competições começam em 21 de abril, com 32 jogos semanais espalhados pelos dez países por seis semanas seguidas. Cabeças de chave na Libertadores, Palmeiras, Flamengo e São Paulo estreiam como visitantes, assim como Inter e Atlético-MG, que estarão no pote 2 no sorteio que será realizado na sexta-feira (9). Já Fluminense (pote 3) e Santos e Grêmio (pote 4), estes dois se avançarem para os grupos, estrearão em casa.

A Conmebol não planeja, por enquanto, rever procedimentos porque avalia que poderia tornar inviável a realização de suas competições se, por exemplo, criasse regras de isolamento de toda uma delegação em caso de positivados. O protocolo da entidade prevê duas situações, basicamente:

1) Se um clube tiver um surto de covid-19 em seu elenco e não conseguir colocar sete jogadores em campo, perderá por WO (derrota por 3 a 0). Por isso a confederação sul-americana manteve para 2021 exceção criada em 2020 que aumentou de 30 para 50 o número de inscritos.

2) Caso um país proíba a entrada de uma delegação visitante, ou a realização da partida como ocorreu no Equador nesta semana, é o time mandante que tem que arrumar um lugar para jogar e perde, obviamente, o direito de atuar em casa. Mesmo que os infectados pela covid-19 sejam do adversário, como no caso do Del Valle, que acabou prejudicado mesmo sem ter positivados.

Nesta segunda situação, a Conmebol resolveu facilitar aos clubes e transformou Assunção, no Paraguai, como uma espécie de "sede da covid". Com boa relação com o governo paraguaio, já que sua sede está em Luque, ao lado de Assunção, a Conmebol decidiu que jogos com problema serão transferidos para o Paraguai, o que ocorreu com Del Valle x Grêmio que será realizado no estádio Defensores Del Chaco.

As partidas da semana que vem de mando do Palmeiras, na final da Recopa contra o Defensa Y Justicia, e do Santos, frente o San Lorenzo pela Libertadores, ficaram de sobreaviso para ir a Assunção, como mostrou o blog, se Brasília não pudesse receber os confrontos — que saíram de São Paulo por causa do decreto estadual que proíbe jogos de futebol.

Desde o retorno dos torneios sul-americanos, que ficou parado de março a setembro de 2020, houve situações pontuais que necessitaram mudanças de sede, como na semifinal da Copa Sul-Americana, em janeiro, com o governo chileno proibindo o Defensa Y Justicia de entrar no país sem quarentena para encarar o Coquimbo. O jogo foi realizado em Assunção.



O Grêmio enfrentou o peruano Ayacucho curiosamente em Quito porque o governo do Peru também impôs restrições à entrada dos brasileiros. Esse caso, apesar de gerar um certo estresse entre os entes, foi menos traumático porque o Grêmio ainda não tinha viajado ao Peru.

Libertadores, Covid, Brasil, Conmebol, adiamentos

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Comentários (1)
07/04/2021 15:05:44 Claudio Sgarlata

É muito complicado

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