O meio-campista William foi apresentado nesta quinta-feira pelo São Paulo e disse que compreende que chega ao clube na condição de concorrente a uma vaga no time, e não com um lugar entre os titulares.



Em entrevista coletiva, William admitiu a possibilidade de não ser inscrito na fase de grupos do Paulista, já que o São Paulo tem só mais três vagas para cinco novos jogadores – Bruno Rodrigues já foi inscrito. O veterano de 34 anos, porém, disse que a situação não o preocupa.

– Esse é um retorno para poder ajudar o São Paulo no que eles acharem que sou capaz. Sei que vão estar (na lista) aqueles que o Crespo acha que são importantes. Eu chego para brigar por posição, não venho como como titular absoluto – afirmou.

– Isso não vai mudar minha intensidade. Se eu for inscrito, vou me preparar todo os dias, vou procurar honrar o escudo. Se não, vou continuar trabalhando. Estarei 100% disponível para fazer o melhor e aceitar qualquer decisão que o São Paulo tome a respeito das vagas.

O jogador de 34 é o penúltimo reforço do time a ser apresentado nesta temporada – só o argentino Benítez ainda não assinou contrato. Antes deles, chegaram o zagueiro Miranda, o lateral Orejuela e os atacantes Eder e Bruno Rodrigues.

No São Paulo, William diz que está sendo utilizado nos treinamentos como volante, posição que assumiu no México depois de ter deixado o Brasil, no começo da década passada, como meia.

– Eu jogo de primeiro e segundo volante, assim estive no México. Saí do Brasil jogando de meia, lá fiz algumas alterações no meu estilo de jogo. Dependendo da formação, (jogo) como terceiro homem de meio, eles costumam armar losango no meio. Ele (Crespo) tem me conhecido nesses dias de trabalho, geralmente como primeiro ou segundo volante, dependendo de quem está ao lado.

Ele listou os concorrentes que tem no meio de campo tricolor:

– Tem o Dani (Alves), tem Luan, Liziero, Rodrigo Nestor, Tchê Tchê, são muitos jogadores nessa posição. Primeiro tenho que vencer a mim mesmo, sair de casa com a determinação de me superar. É uma competição saudável, o elenco me recebeu bem.

William estava no Toluca, do México, onde também defendeu o América e o Querétaro, equipe em que foi companheiro de Ronaldinho Gaúcho e do goleiro Tiago Volpi, que ele reencontra no Morumbi – e de quem foi sócio no país norte-americano.

– Nós nos aventuramos numa churrascaria. Não deu bom, foi uma aventura que tentamos. Não deu certo, mas ele é um cara espetacular. Caráter muito positivo para o vestiário e para a vida, tenho amizade muito grande com ele e a família. Fico feliz de dividir o tempo com ele.



O jogador também comentou sobre o problema de coração que teve no início da carreira, quando estava no Palmeiras, e o afastou dos campos por dois anos.

– É um problema superado, foram momentos difíceis e complicados. Desafios que a vida nos coloca, pude vencê-los. Sempre que me apresento (nos novos clubes), faço bateria de exames, e fui aprovado mais uma vez para seguir trabalhando.

– Chego como se tivesse 18 anos de idade, vontade de vencer, de superar obstáculos – concluiu William

São Paulo, Willian, Tricolor