O São Paulo, depois de liderar boa parte do Campeonato Brasileiro (e até com certa folga), chega à última rodada na quarta colocação, podendo subir no máximo para terceiro ou até cair para quinto. Mas, mesmo em um cenário de fim desta, o time tem alguns motivos para encarar o confronto com o Flamengo, nesta quinta-feira, com seriedade. E não apenas pelo fato de o duelo envolver um candidato ao título treinado por Rogério Ceni, que fez história no Morumbi.



A primeira justificativa é ponto pacífico. Mesmo em flagrante declínio técnico, o Tricolor, após perder para o Botafogo na segunda-feira, precisa ganhar do Rubro-Negro para garantir vaga direta à fase de grupos da Libertadores sem depender de resultados paralelos. Conseguindo isso, ganha fôlego no calendário para reestruturar seu grupo e não coloca o técnico Hernán Crespo sob pressão já na arrancada da temporada - afinal, uma eliminação nas etapas preliminares do torneio sul-americano seria quase que catastrófica.



Além disso, esta é uma oportunidade, também, para mostrar serviço ao novo treinador, que chega ao São Paulo com respaldo para colocar suas ideias em prática. Isso, claro, envolve nomes, e uma atuação ruim pode, sim, fazer com que alguns profissionais, de cara, caiam no conceito e percam espaço. Por fim, há também o aspecto financeiro. Quem ficar em terceiro no Brasileirão embolsa R$ 29,7 milhões, enquanto o quarto tem direito a R$ 28 milhões e o quinto, a R$ 26,4 milhões. Para um clube que não está nadando em dinheiro, "algum a mais" sempre vem em boa hora.

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