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Veja o que o SPFC faz para ter sucesso no combate à covid-19

CT da Barra Funda, do São Paulo, recebeu tendas na área externa para evitar que atletas convivam em ambientes fechados (Imagem: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

Em meio ao surto do novo coronavírus em times de futebol do Brasil, o São Paulo só teve desfalque uma vez por causa da covid-19. Tchê Tchê teve teste positivo em 7 de novembro passado e ficou fora de combate pela equipe de Fernando Diniz por dez dias. Os demais atletas do elenco não se ausentaram de partidas do vice-líder do Campeonato Brasileiro 2020 por contrair a doença.



Nos bastidores, há o consenso de que o grande responsável pelo controle dos casos no CT da Barra Funda é o médico José Sanchez, que está no clube desde julho de 1985. Ele é quem define questões relativas aos cuidados que se deve ter com o departamento de futebol no dia a dia. Ele não sequer viaja com o elenco — Tadeu Moreno, o mais jovem da pasta, é quem tem a incumbência. No entanto, determina a rotina do clube.


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Um caso icônico foi a ausência de Bruno Alves nos jogos contra Ceará e Bahia. O zagueiro fez dois testes e ambos deram resultado negativo. Porém, como teve contato com uma pessoa contaminada, ficou fora dos compromissos por determinação de Sanchez. Diniz chegou a colocar a sua presença no jogo contra o Bahia como uma possibilidade, mas não obteve sucesso por decisão do departamento médico.

"A gente vai fazer aquilo que o departamento médico orientar. A gente só está tendo sucesso nos casos de covid-19 por causa do excelente trabalho que está sendo desenvolvido pelo nosso departamento médico, de maneira especial do doutor [José] Sanchez, que é quem está pilotando isso, trabalhando dia e noite para que a gente consiga ser o time com mesmo casos de covid-19 até agora. A gente vai ver com o doutor, o que ele acha melhor, se vale a pena trazer o Bruno ou não, se precisa de uma janela maior para não colocar ninguém em risco. Mas amanhã ou depois de amanhã, a gente vai saber disso", disse Diniz após o empate por 1 a 1 com o Ceará.



O médico já havia adotado postura semelhante em situação envolvendo o garoto Jonas Toró. Mesmo sem a infecção, o atacante ficou dez dias sem treinar com o elenco por precaução do departamento médico. O temor é que um possível infectado cause um surto no elenco.

O protocolo adotado pelo São Paulo é rigoroso nos bastidores e envolve desde funcionários a jogadores. O primeiro passo dado pelo departamento médico, em trabalho conjunto com a comissão técnica, é tentar conscientizar os atletas de que, neste momento, é difícil manter vida social ativa. Neste caso, Sanchez conta com o auxílio de Fernando Diniz para manter os jogadores afastados de aglomerações.

O CT da Barra Funda foi modificado para a rotina de trabalhos. As áreas internas do centro de treinamentos são pouco utilizadas pelos jogadores. A academia, por exemplo, foi levada para a parte externa. Há aparelhos espalhados em campos e também na sala de imprensa, lugares mais arejados e que coíbem a proliferação do vírus.

Para os jogos fora de casa, as normas são ainda mais rigorosas. O São Paulo costuma viajar em voos fretados durante a pandemia. Por isso, Hernanes e Brenner, suspensos para o jogo com o Ceará, viajaram com o plantel para Fortaleza. A ideia era evitar que a dupla fizesse o trecho entre São Paulo e Salvador, onde o time enfrentou o Bahia, em um voo comercial.

Nas atividades realizadas fora de casa, há a determinação de que o elenco evite áreas internas de centros de treinamentos, o que inclui academias e vestiários. Em atividades em CTs de outros clubes, os jogadores só podem se banhar ao chegar nos hoteis. Tudo isso com o intuito de evitar um surto no elenco.

Apesar do rigor interno, o clube já teve problemas de comportamento. Recentemente, Arboleda foi a uma festa em meio à pandemia. Mesmo que já tenha sido infectado pelo novo coronavírus, o jogador poderia transmitir a doença para os demais companheiros e até sofrer com uma reinfecção. Preocupado em usar o equatoriano como um exemplo, o departamento de futebol aplicou uma multa ao atleta.



Outro problema de comportamento foi do técnico Fernando Diniz. Após a vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, o treinador foi celebrar ao lado de torcedores que se aglomeraram nas imediações do Morumbi. Depois disso, ele foi testado por pelo menos três vezes. No entanto, não teve diagnóstico positivo. À época do ocorrido, pessoas ligadas à diretoria do São Paulo reconheceram que o abraço de Diniz com os torcedores ocorreu no calor do momento e não foi ideal, mas ressaltaram que o treinador teve contato direto com apenas dois torcedores.

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Comentários (3)
30/11/2020 16:06:35 Nelson de Jesus

Parem de divulgar estratégia que do que dá certo no São Paulo. Quero que os outtos se lasquem.

30/11/2020 14:25:06 Valter Passos

O fato do tchê tchê ter pego e ñ contaminado os outros atletas, como vimos nos nossos rivais,mostra a eficiência do protocolo tricolor.Parabéns

30/11/2020 12:07:03 Geremias Lopes silva

Quê Deus continue abençoando e protegendo nosso time

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