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Diretor de marketing do São Paulo aposta na força da marca do clube

Julio César Casares

Ele não é jogador, nem faz parte da comissão técnica, mas é peça fundamental do São Paulo Futebol Clube. Ele atua fora dos campos e nas estatísticas tem números invejáveis de acertos. Desde o segundo mandato do Presidente Marcelo Portugal Gouvêa, em 2004, Júlio Casares é o diretor de marketing do Tricolor paulista.

O time do Morumbi é referência em inovações e projetos no futebol brasileiro. Atualmente, fez do estádio um centro de lazer e entretenimento. Além de aproximar os torcedores, ainda gera uma boa renda para o clube mesmo em dias que não tem jogos. Em entrevista exclusiva para o site Justiçadesportiva.com.br, Cesares falou sobre o filme do hexacampeonato, a alteração de horário dos jogos, torcida, projetos e ações que envolvem o São Paulo.

JD - O “Morumbi Concept Hall” é um espaço disponibilizado para empresários que desejam investir em serviços, entretenimento e lazer dentro do estádio. Atualmente, já conta com uma mega loja de produtos do São Paulo, um bar temático e uma livraria. Qual a importância desse espaço para o São Paulo, para o torcedor e a região em que ele se localiza?

Júlio Casares – "Morumbi Concept Hall é uma das coisas mais importantes depois da construção do estádio do Morumbi. O Morumbi foi construído, depois o Centro de Treinamento da Barra Funda, o de Cotia, mas o Morumbi Concept Hall marca uma nova jornada dentro da vida dos paulistanos e brasileiros. Ele marca uma nova geografia de espaço de comércio. É um estádio que começa a virar um mini-shopping. Quando começamos, éramos até taxados de sonhadores, às vezes até loucos, mas hoje o Santo Paulo Bar, a loja, a livraria e tudo mais que vem, porque ainda vem novidades para esse ano, mostram que estamos no caminho certo. Alto consumo, alta convivência, as famílias estão presentes e com isso nós aumentamos uma média de visitação, de consumo e de fidelização da marca do São Paulo. E mais do que isso, uma alternativa para os sãopaulinos ou não, para os torcedores ou não, de pessoas que querem entrar em um estádio, ver um gramado, um lugar bacana dentro de um estádio de futebol, agregando serviços, comércio e desenvolvimento. Isso é bom para a cidade, para o futebol e para o Brasil."

JD - O estádio do Morumbi, após o clássico com o Palmeiras, apagou os refletores por uma hora e divulgou para os torcedores presentes no placar eletrônico durante a partida que fizessem o mesmo. Isso tudo porque aderiu a campanha da WWF – Hora do Planeta, que visa a conscientização e a diminuição do aquecimento global, mais de 62 países aderiram a ação global. Qual a importância e o papel do São Paulo nessa ação?

Júlio Casares – "Acho que é importante. Todas as ações voltadas para a questão da natureza, questões do meio ambiente, para a questão da sociedade, e quando usamos monumentos do mundo, e o Morumbi está dentro deste contexto, é sinal de que nós somos importantes. Como não somos omissos, estaremos dentro de todas as ações que visam o bem da sociedade. É uma responsabilidade de um clube de futebol do porte do São Paulo estar presente simbolicamente ou não, agindo de forma ostensiva ou mais na defensiva, mas estando sempre ao lado de eventos sociais como esse."

JD - O São Paulo lançou o projeto do longametragem sobre o hexacampeonato brasileiro: ‘O soberano – Seis vezes São Paulo’. O filme será composto por depoimentos de torcedores através do site www.filmesoberano.com.br. A interatividade está como o esperado? Qual a expectativa de data para o filme estrear no cinema?

Júlio Casares – "A interatividade vem correspondendo. Realmente está muito legal. As pessoas estão participando muito, estamos com milhares de depoimentos, o que é até um grande problema para escolher, e temos uma equipe apenas para fazer isso. A expectativa é de que até o final do ano nós consigamos lançar, em outubro ou novembro, mas também, para esse filme nós estamos captando recursos da lei Rouanet* e temos que trabalhar nesse compasso de entrada de receita para elaboração da produção. Mas está tudo caminhando muito bem e esperamos que o Natal do sãopaulino seja de mais um ano de comemoração e que o longa metragem no cinema mude um pouco da história do São Paulo, que muda de historia diariamente. O filme ajudará a registrar esse comportamento de uma instituição que está sempre linkado com as mudanças e evolução do futebol."

JD - Com a nova regra no estado de São Paulo, os clássicos estão com apenas 10% de torcida adversária. Isso prejudica a renda do clube, o marketing e a história dos clássicos?

Júlio Casares – "Não, eu creio que não, pois quando temos uma lei, você tem um regulamento a cumprir, você cumpre e essa lei é igualitária para todos. O São Paulo cedeu os 10% para o Corinthians porque estava dentro da lei, fez isso com o Palmeiras também cumprindo a lei, ou seja, o São Paulo tem um direcionamento. Os outros clubes variam de 5%, pedem 6%, pedem metade depois dão 5%, o São Paulo estará sempre dentro da lei, e quando você está dentro da lei a receita e o equilíbrio existe. Isso é fazer valer o mando de campo, é fazer valer o direito de atuar dentro da sua casa."

JD - O São Paulo vem reclamando dos horários de jogos. Em que isso incomoda e atrapalha o São Paulo?

Júlio Casares – "Pode ter até mais público, mas o que eu lamento muito não é nem pela experiência que poderia ser boa, é pela Federação Paulista de Futebol que já inaugurou todos os tipos de horário. Por exemplo, hoje o cara sai de casa e não sabe se o jogo é as 11 horas da manhã no interior de São Paulo, se ele é às 16 horas, 19 horas, 20h30, ou 22 horas. O problema é o desequilíbrio de informação. Valeria a pena um teste se tivéssemos duas ou três horas fechadas, jogos de final de semana às 16 horas ou às 18 horas e durante a semana as 20h30 ou 21 horas, tendo assim apenas duas modalidades de horários, ai valeria testar. Mas não, temos mais de dez horários, o torcedor fica confuso e não é tratado como cliente, e sim como adesista do jogo: ‘vai se você quiser’. Isso é errado!"

*A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313), conhecida também por Lei Rouanet, é uma lei brasileira de 23 de dezembro de 1991, que prevê incentivos a empresas e indivíduos que desejem financiar projetos culturais.Entre outras medidas, a norma permite deduzir do imposto de renda de 60% a 100% do valor investido em um projeto cultural, de acordo com o enquadramento.

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