O Fernando Diniz que comanda o São Paulo no Brasileiro de 2020 é a melhor versão do treinador na elite do futebol brasileiro. Apesar das crises constantes e críticas recorrentes, Diniz tem hoje o seu melhor aproveitamento na Série A desde que chegou à primeira divisão, quando dirigiu o Athletico-PR em 2018.
No torneio deste ano, o São Paulo tem 14 jogos e 61,9% de aproveitamento, o que dá ao time a quarta colocação no Brasileiro, com 26 pontos – e com dois jogos a menos na tabela.
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É, também, um aproveitamento superior ao do São Paulo nos últimos 11 Campeonatos Brasileiros. Só em 2009, ano do hexacampeonato, o time terminou o torneio com índice maior, 66%.
Até chegar ao São Paulo, em setembro de 2019, Diniz havia fracassado no Brasileiro.
Foram duas experiências com resultados decepcionantes. Primeiro, com o Athletico, fez 12 jogos no primeiro turno de 2018 com apenas duas vitórias – aproveitamento de 25%. Com Tiago Nunes, o time se recuperaria na temporada e venceria, no fim do ano, a Copa Sul-Americana.
No ano seguinte, iniciou o campeonato no comando do Fluminense. Durou 14 partidas, com três vitórias – 28% de aproveitamento. Os cariocas terminaram o Brasileiro na 12ª posição.
Esse histórico não impediu o São Paulo de contratá-lo logo após a demissão de Cuca. No Morumbi, o desempenho melhorou significativamente.
Diniz esteve à frente do time em 16 jogos no Brasileiro de 2019, com sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas – 52% de aproveitamento. Os resultados levaram a equipe à classificação para a fase de grupos da Libertadores, mas não evitaram questionamentos ao trabalho do treinador.
Neste ano, Diniz tem convivido com períodos de calmaria e outros de pressão extrema. Se manteve bom aproveitamento no Brasileiro, o São Paulo sofreu derrotas frustrantes em outros campeonatos.
No Paulista, foi eliminado pelo Mirassol nas quartas de final. Na Libertadores, ainda que falte uma rodada, já está eliminado e não avançará às oitavas de final – pode ficar com a consolação de terminar em terceiro lugar no grupo e disputar a Copa Sul-Americana.
Essas duas eliminações quase custaram o emprego de Diniz, mesmo em boa posição no Brasileiro. A última, na Libertadores, obrigou o treinador a mudar a escalação que ele insistia em utilizar apesar dos claros problemas defensivos.
Neste sábado, contra o Grêmio, às 21h (de Brasília), no Morumbi, o São Paulo tenta se reaproximar dos líderes. Atlético-MG, Flamengo e Internacional têm 31 pontos cada.
O treinador deve repetir a maior parte do time que o ajudou a se manter no cargo com vitórias sobre o Atlético-GO e o Palmeiras e o empate com o Fortaleza pela Copa do Brasil. Igor Vinícius, com uma contratura, está fora do duelo.
O time provável tem: Tiago Volpi; Tchê Tchê, Diego Costa, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Gabriel Sara e Igor Gomes; Luciano e Brenner.
São Paulo, Diniz, Brasileiro, 2020, SPFC
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