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No podcast Posse de Bola #59, Arnaldo Ribeiro afirma que o balanço do trabalho de Diniz em um ano de São Paulo é negativo e que o técnico é privilegiado de ainda estar no comando do clube até considerando a constante troca de treinadores da atual gestão, de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que deixa a presidência em dezembro.
"O balanço é desfavorável, um trabalho que não me convence. Para mim é um trabalho que tem as mesmas falhas desde o início e, na prática, tem uma classificação para a fase de grupos da Libertadores, mais mérito dos adversários que abriram outras vagas do que propriamente do Diniz", diz Arnaldo.
"Uma eliminação vexatória no Paulista, absurda, do time do WhatsApp do Mirassol e uma eliminação precoce na fase de grupos da Libertadores, ainda não é matemática, mas ela é virtual, sendo o São Paulo muito provavelmente o único clube brasileiro a não avançar ao mata-mata da Libertadores. Com a ressalva, tendo à disposição um dos elencos mais caros do país nesse tempo todo. Não é um elenco esfacelado como alguns outros grandes tiveram nesse período, inclusive o próprio Corinthians, que trocou o treinador recentemente", completa.
O jornalista se mantém crítico à tentativa de mudança no estilo de jogo do São Paulo ao considerar que o clube não conquista um título desde a Copa Sul-Americana de 2012. Além de citar a "soberba da derrota", ele vê a diretoria perdida por ser ano eleitoral, o que pode manter Diniz no cargo até que um próximo presidente assuma o comando do clube.
"A maior crítica que eu faço é o que eu tenho chamado de arrogância da derrota, soberba da derrota, é em nome de um tipo de jogo que ainda não tem comprovação científica alguma, zero, porque não tem resultado algum, em nome de um tipo de jogo em que o seu jogador mais criativo tem que pegar a bola com o goleiro e levar ao gol adversário, esse é o simbolismo disso, aquela saidinha de futsal", afirma Arnaldo.
"A cada mês que passa, o São Paulo fica mais com a cara do Diniz e mais frágil. Então, a permanência do Diniz no São Paulo deve-se a uma teimosia do Raí e da diretoria, que está condenada, essa diretoria não tem legitimidade, e só mantém o Diniz por agora uma convicção, digamos, renovada, e tem agora três meses mais de mandato aí a cada jogo, a cada semana que passa, a cada semana após 1 ano de aniversário fica mais difícil e complexa uma substituição de treinador porque vai ter um novo presidente e o novo presidente já poderia contar com o Rogério Ceni, que está vetado por essa diretoria", conclui.
São Paulo, Fernando Diniz, Arnaldo, Comando, SPFC
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