Tiago Volpi, do São Paulo, assumiu falha no segundo gol do Santos, marcado por Marinho, no clássico empatado por 2 a 2 sábado, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão.



LEIA TAMBÉM: Jovens atletas projetam "grande jogo" entre São Paulo e River Plate


Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o goleiro deu sua impressão sobre o lance que definiu o empate no San-São:

– Com essa nova regra, às vezes não podemos nos pronunciar, algo que normalmente eu faria depois do jogo após o lance. Infelizmente, é um gol em que eu assumo a responsabilidade. Era uma bola totalmente defensável. Não acabei executando a defesa. Foi um erro meu pelo gol. Não pela formação da barreira. Acredito que tenha se falado muito. Até não foi a primeira vez que eu fiz, mas infelizmente só é visada quando sai o gol. Eu sabia da responsabilidade de quando se inverte a barreira e se toma o gol, essa responsabilidade vem para o goleiro – disse.

– Assumo essa parte do gol. Fico fico triste pela atuação do time no clássico, uma vitória que estava nas nossas mãos, e numa jogada, numa tomada de decisão técnica minha acabamos empatando e deixando de ganhar dois pontos. Mas é um lance que faz parte do passado. É procurar servir de exemplo para talvez nos nos próximos jogos pensar na decisão a ser tomada – completou.

Questionado também sobre seu desempenho após a paralisação do futebol por causa da pandemia de Covid-19, Volpi disse:

– Lógico que pode evoluir. Não estou 100% satisfeito com minha volta. Acredito que posso ajudar e evoluir mais. Vou trabalhar para a cada jogo poder voltar a ser o Volpi que vinha sendo antes da pandemia, no ano passado, e ser o mais decisivo possível para o São Paulo – afirmou.

Nos jogos depois da paralisação do futebol, Tiago Volpi também foi criticado por gols sofridos contra Corinthians (vitória por 2 a 1) e Mirassol (derrota por 3 a 2).

Perguntado se o tempo de paralisação poderia explicar essa oscilação no seu desempenho e de outros goleiros, Volpi respondeu:

– Sinceramente, não posso botar a culpa na pandemia e no tempo parado. Fizemos dez rodadas do Brasileiro, se não me engano, mais três do Paulista. São 13 jogos. É um bom tempo para recuperar a forma física. Nesse tempo, pude fazer jogos muito bons e não usei a pandemia quando joguei bem. Quando cometi um erro, também acho injusto dizer que foi por inatividade, por ficar quatro meses sem jogar. Aconteceu por um série de fatores, um erro técnico, uma tomada de decisão, mas nada que possa dizer que a pandemia tenha afetado. Tive um tempo bem considerável para me preparar antes de jogar. Na pandemia, também fiz trabalhos com bola. Não seria justo jogar erros em campo pela inatividade, porque realmente não enxergo dessa forma.



De olho no duelo com o River Plate, nesta quinta-feira, às 19h, no Morumbi, pela volta da Libertadores, o goleiro projetou uma partida equilibrada.

– Acredito num jogo muito difícil. É o primeiro jogo do River após a volta da pandemia, mas não pode se apegar nisso. É um time muito competitivo, joga junto há muitos anos com o mesmo treinador (Gallardo). É um jogo dificílimo, no nível de São Paulo x River Plate. Independentemente de o River estar sem jogo oficial, será um jogo muito difícil pela grandeza e por estar junto com o mesmo treinador há anos.


São Paulo, Volpi, Falha, Clássico, Rendimento, Libertadores, SPFC