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Agora, Diniz tem o mesmo rendimento de Diego Aguirre se levados em conta somente jogos na Série A. Os dois estão empatados com 58,6% de aproveitamento e média de 1,76 ponto a cada partida, segundo números do Transfermarket. A diferença está em outras estatísticas.
Com Aguirre, o São Paulo fez 33 jogos no Brasileirão de 2018, aquele em que virou o turno na liderança e chegou a empolgar a torcida com a possibilidade do título. Foram 15 vitórias, 13 empates e apenas cinco derrotas, com 44 gols a favor e 30 contra.
O uruguaio acabou demitido após um empate por 1 a 1 com o Corinthians, na agora Neo Química Arena, quando o São Paulo jogou a maior parte com um atleta a mais. A equipe já vinha apresentando uma queda de rendimento e caiu ainda mais sob comando do interino André Jardine.
Já com Diniz, o São Paulo tem 25 jogos na Série A, somando a reta final de 2019 e o início da atual temporada. São 13 vitórias, cinco empates e sete derrotas, com 26 gols a favor e 23 contra. O atual comandante tricolor chegou ao Morumbi em setembro, no lugar de Cuca.
A comparação entre os dois técnicos é possível em números e outros fatores. Iguais nos aproveitamentos, eles têm pequenas diferenças. A média de gols da equipe de Aguirre é melhor (1,3 contra 1,04), enquanto Diniz leva vantagem na porcentagem de vitórias (triunfou em 52% das vezes, contra 45% do uruguaio).
Aguirre é sempre uma referência à torcida são-paulina quando se fala de técnicos recentes, por ter levado um time limitado à liderança do Brasileirão. A equipe tricolor de 2018 era baseada em um forte sistema defensivo e ordenada para os veteranos Nenê e Diego Souza no ataque. As lesões de Joao Rojas e Everton, os jogadores de velocidade, prejudicaram o andamento da campanha.
Diniz, por outro lado, tem em mãos desde que chegou um elenco mais badalado, com nomes como Daniel Alves, Hernanes, Pablo, Tiago Volpi, Tchê Tchê e, até outros dias, Alexandre Pato. O time oscila nas mãos do técnico brasileiro, que precisou reinventar o time de acordo com sua filosofia de jogo após a eliminação no Campeonato Paulista para o Mirassol.
Agora sem Pato, o São Paulo mudou a dupla de zaga (Diego Costa e Léo), passou a ter mais espaço aos garotos (Gabriel Sara, Brenner e Paulinho Boia são os que mais jogam) e teve que se virar sem Daniel Alves, machucado. A sequência na temporada vai dizer mais sobre o trabalho de Diniz, mas, por enquanto, em números ele se assemelha a quem deixou saudades no Morumbi há quase dois anos.
O São Paulo volta a campo pelo Brasileiro na quarta-feira, novamente no Morumbi, para enfrentar o Red Bull Bragantino. Será o reencontro com o time que o venceu, no mesmo estádio, na primeira partida tricolor no retorno ao futebol, em 23 de julho.
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