"Para o torcedor são-paulino, o maldito roteiro se repete, o time, como acontecia com o Fluminense, de fato, olha, eu não sei se o Fernando Diniz tem que ir numa benzedeira, num pai de santo, numa igreja dessas aí que fazem milagre, sei lá, porque é um negócio inacreditável, é um negócio que se repete sempre com ele, o time domina, cria, manda bola na trave, 'agora vai'. E de repente toma um gol, toma o segundo e acabou. O jogo se decidiu no segundo gol do Atlético-MG", diz Mauro Cezar.
"Algo aí tem que existir uma explicação. Por que isso acontece? Você percebe que o jogo do São Paulo tem um conteúdo, claro que tem, o time é mais organizado que o Palmeiras, tem uma proposta de jogo mais clara, consegue jogar um bom futebol, mas em pedaços do jogo. E quando falha defensivamente com uma bola que o Tchê Tchê perdeu para o Jair, possibilitando o primeiro gol do Alan Franco, e aquele gol acontece, a coisa desmorona", completa.
Mauro cita que mesmo na eliminação no Campeonato Paulista para o Mirassol, o clube do Morumbi se abateu com o primeiro gol e levou outro logo em seguida, mas que o que pode parecer estranho para quem não conhece o time de Diniz, já se tornou comum para o próprio torcedor do São Paulo.
"Você vê, com o Red Bull três gols, Mirassol três gols, Cano dois gols, falo Cano porque o jogador do Vasco pegou duas bolas livres na área e pimba, definiu o jogo. E agora três gols do Atlético-MG. Por que isso acontece? Você vê o primeiro tempo, o cara que estava vendo o jogo e viu até determinado momento da primeira etapa e aí o cara foi tomar um banho, foi fazer outra coisa, se ele voltou depois de meia hora, 40 minutos, ele olhou e falou 'o que é isso? Está 3 a 0 para o Atlético-MG?'. Porque o jogo não dava o menor sinal, então eu acho que esse ponto é importante", diz Mauro Cezar.
"O São Paulo tem mais conteúdo, mas não adianta você ter mais conteúdo também se esse roteiro se repete. Se a gente não falar sobre isso, vai estar tapando o sol com a peneira. O Fernando Diniz, os jogadores, eles têm que descobrir, façam uma terapia coletiva, resolvam esse negócio de alguma maneira. Não é possível que um time consiga jogar um futebol até vistoso em alguns momentos no campo do adversário, causando desconforto para o Atlético-MG e para o Sampaoli, e de uma hora para outra tudo desmorona", conclui.
Sao Paulo FC, Tricolor, SPFC,
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