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O WO tem que estar na pauta do protocolo da Covid-19 para os torneios nacionais

Jogadores do São Paulo aguardam Goiás em campo após casos de Covid no time goiano. Jogo foi adiado pela CBF (Imagem: Heber Gomes/AGIF)

É polêmico, mas o WO precisa estar na pauta do protocolo da Covid-19 nos torneios nacionais. A CBF tem a maior parte da responsabilidade no calendário caótico que se projeta e por ter feito um guia médico que ignorou o que fazer em caso de surto de contaminações em times como ocorreu no fim de semana com o Goiás na Série A, com o CSA na B e com o Imperatriz na C, mas os clubes também terão que ser responsabilizados. E adiamentos não serão a única solução, até porque inviabilizariam o fim da competição.



A Rússia fez isso e há uma similaridade entre o campeonato de lá com o daqui, muito mais do que com a elite europeia como Espanha, Portugal, Inglaterra ou Alemanha, países menores que conseguem controlar melhor o ambiente contra a doença do que nações de tamanhos continentais, como Rússia e Brasil. O estágio da pandemia é diferente em estados brasileiros, portanto é mais difícil criar protocolos que sirvam para todos com eficiência.


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Os russos começaram adiando jogo, mas perceberam que problemas seriam a regra e passaram a utilizar outras alternativas, como dar a opção de os clubes isolarem todos os atletas profissionais e usarem a base (o que resultou num vexaminoso 10 a 1 do Sochi sobre o Rostov) ou o WO — para quem não sabe o WO é a atribuição de uma vitória a uma equipe ou competidor quando o adversário está impossibilitado de competir.

O WO é justo? Não. Mas adiar jogo também não se um dos times, por exemplo, tem um protocolo mais bem executado do que outro. O Goiás teve nove atletas infectados e a própria direção, apesar de críticas justas à CBF e ao laboratório do Hospital Albert Einstein, que tem apresentado problemas na condução dos exames, admitiu que o seu protocolo falhou. O São Paulo, que fez tudo certinho, viajou a Goiânia e se preparou para jogar, acabou também prejudicado. É justo?

O ideal seria não ter campeonato em meio à pandemia, mas o Brasil desistiu de combater a doença em todos os níveis, no futebol não seria diferente. Se vai ter campeonato e ele vai conviver com a doença, medidas drásticas terão que ser tomadas. O protocolo da CBF precisa ser aprimorado e deixar claro o que acontecerá se um time tiver infectados — e, veja, não importa se é um ou dez porque o contato desse um com o restante do elenco já coloca todo mundo em risco, inclusive adversários, arbitragem e funcionários presentes no estádio.

Vai se adiar todos os jogos? Se isso for feito, o campeonato não termina em 24 de fevereiro. Você pode dizer, "bom, paciência", mas sabemos que no final das contas tem patrocinadores e detentores de direitos interessados que 2021 seja mais normal do que 2020 e para isso o Brasileiro tem que acabar em fevereiro.

O WO acaba sendo uma alternativa. Mas é preciso cuidado. Por exemplo: acabar com dúvidas quanto a exames porque seria trágico dar como derrotado um time com contaminados em falso positivo. Há um outro risco, mas esse é criminoso: times escondendo resultados positivos. Nunca se duvide de nada no Brasil, mas haverá médicos, laboratórios e a própria CBF envolvidos e responsabilizados, portanto acho bem difícil que isso ocorra.



A CBF tem que apresentar um protocolo decente antes de qualquer decisão e os clubes cumprirem. Com isso, temos sim que pensar em alternativas dolorosas para ver o campeonato (que nem deveria acontecer) acabar.

São Paulo, WO, Pauta, Protocolo, Covid-19, Brasileirão, SPFC

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Comentários (11)
11/08/2020 09:50:50 Daniel Bouzas

Seria justo ter WO se todos os times tivessem estruturas, pelo menos, próximas, o que não é nossa realidade. Temos equipes da série A que não tem nem um CT decente, imagine estrutura para abrigar jogadores?

FORA LECO SEU FILHO DA PUTA FORA SEU MERCENÁRIO

FORA LECO FILHO DA PUTA SEU NECESSÁRIO MALDITO FORA RAIR

10/08/2020 18:05:36 Sergio F Leite

Tem que ter WO sim ,o Goias teve a Semana toda para testar seus jogadores,e só foi anunciar os contaminados no dia do jogo,e a viagem quem paga?

10/08/2020 17:46:42 Bruno Silva

Na minha opinião não

10/08/2020 13:45:19 Alexandre Paulo da Costa

Se o laboratório e a cbf tivessem sido avisados, São Paulo não viajaria, o time foi prejudicado, o Mirassol mesmo ficou sem 18 jogadores pos pandemia e eles, porque o goias nao entrou com time alternativo ou a base

10/08/2020 13:42:02 Alexandre Paulo da Costa

A falha maior foi da cbf e desse laboratório, se os resultados tivesse sido apresentados um dia ou dois antes do São Paulo viajar era melhor, mas foi momentos antes sa partida, São Paulo e Goiás foram as vítimas, cbf e laboratório foram os culpados

bronze
10/08/2020 12:38:24 Jose_Mario

Eu fico me perguntado:
E se o São Paulo que teria o time completo contra o Goiás,
Tiver algum jogador suspenso no confronto remarcado.

Será justo isso???

10/08/2020 12:57:19 davi marcovitch

Melhor parar o campeonato .... brasileirão tem muitos jogos e dificilmente não teremos outros casos..... escolham sedes , chaveamento formato copa do mundo ....

10/08/2020 12:21:47 Odair Lanzoni

Ué seus babacas.O Bragantino nãi jogou sem 9 titulares contra o CUrintia.Cim os gambás pode?

10/08/2020 12:21:07 Samuel Vilar

Fora Leco.

10/08/2020 12:17:05 Benedicto marcos f Ff

Mais uma vez o torcedor fez papel de palhaço.

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