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Em 2020:
15 jogos em 2020 com o time principal (7V, 3E, 5D)
25 gols marcados (1,66 por jogo)
16 gols sofridos (1,06 por jogo)
Artilheiro da temporada: Pablo (6 gols)
6° colocado no último Campeonato Brasileiro
Time base: Tiago Volpi; Juanfran, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves e Igor Gomes; Vitor Bueno, Pablo e Alexandre Pato
De dominante na última década, quando conquistou três títulos, a campanhas irregulares nos últimos dez anos. A sexta colocação em 2019 levou o clube de volta a Libertadores. Diniz chegou a empolgar, mas não foi o suficiente para dar segurança para o São Paulo. O time segue o padrão de jogo ofensivo que pauta a carreira de seu treinador, mas precisa evoluir em alguns aspectos importantes para postular algo maior. Daniel Alves vem jogando muito bem no meio-campo.
COMO ATACA
Principal vertente do trabalho de Diniz, a parte ofensiva do time do São Paulo traz traços marcantes da até aqui curta carreira do treinador: a premissa de ter a bola é inegociável, se aproximar para trocar passes curtos mesmo diante de marcação adiantada, acúmulo de atletas pela faixa central do gramado e certa dificuldade de converter em gols as oportunidades que cria.
Começando pela saída de bola, Diniz promove o recuo de Daniel Alves e Tchê Tchê, dupla de ‘’volantes’’, entre a dupla de zaga. Eles iniciam os ataques com seus passes de qualidade e percepção para ditar o ritmo.
Os laterais então se projetam no campo de ataque dando amplitude ao time, e os pontas flutuam dos lados para o centro, mas em ‘’alturas’’ diferentes do campo. Igor Gomes, o meia central, tenta se posicionar para receber atrás da linha de meio do adversário, e Vitor Bueno sai do lado esquerdo para lhe fazer companhia. No outro lado, Pablo busca se colocar na mesma região que Alexandre Pato, quase que como uma dupla de ataque no momento ofensivo.
A equipe consegue, na grande maioria das partidas, trabalhar a bola no do campo rival. Muitas vezes, porém, falta variar o raio de ação das jogadas. Elas ficam pautadas no centro do campo, setor mais congestionado, ou pelo lado esquerdo, já que Reinaldo tem mais força ofensiva que Juanfran. A saída de Antony, que fazia movimentos mais constantes pelo lado direito, agravou a questão. O time cria, mas pelo domínio que costuma ter, poderia gerar mais situações de gol.
Daniel Alves e Tchê Tchê são os dínamos do meio-campo. Iniciam os ataques, participam do segundo momento de construção já no campo de ataque e, não raro, chegam na área para finalizar ou dar assistências. Falta ao time mais qualidade na dupla de zaga para sair jogando quando esta é apertada. A equipe se ressente também de mais potencial de contra-ataque após a saída de Antony.
COMO DEFENDE
O sistema de marcação obedece a encaixes dentro do setor e perseguições curtas. O problema é que isso nem sempre é bem executado. O atleta deveria ter o adversário como alvo apenas dentro de um espaço pré-determinado, mas isso é falho em alguns momentos. Não é raro vermos espaços grandes entre Tchê e Tchê e Daniel Alves, por exemplo. A intensidade dessas perseguições também oscila, o que causa "efeito cascata", com coberturas atrasadas e inferioridade numérica em regiões importantes do campo.
A equipe se propõe a adiantar a marcação e faz isso bem em alguns momentos. Não consegue, porém, manter essa pegada quando recua o bloco para seu próprio campo. A transição defensiva também precisa de ajustes. O conceito de reagir rápido ao perder a bola é executado com alternâncias de intensidade, o que compromete a recomposição e gera gols de contra-ataque aos adversários.
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