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Em crise, São Paulo cogita estender corte salarial dos jogadores

Em grave crise financeira, o São Paulo discute maneiras de reduzir gastos. Uma das várias possibilidades em debate é a manutenção do corte salarial dos jogadores em 50% até o fim do ano.



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Nesse cenário, não haveria reembolso aos atletas, como previsto na tentativa de acordo sem sucesso com os jogadores no início da pandemia de Covid-19. Isso só aconteceria em caso de novas receitas nos próximos meses, como premiações por títulos.

Neste momento, tanto o prazo quanto a porcentagem desse possível novo corte estão indefinidos.

Antes de tomar uma decisão, o São Paulo pretende buscar entendimento com os atletas. O assunto é considerado muito delicado no clube.

A ideia inicial, de fazer um corte salarial em bloco com os outros grandes clubes de São Paulo, perdeu força. Isso porque as situações financeiras de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos são diferentes.

A discussão de medidas de corte nos gastos foi tema da reunião deste mês de junho do Conselho de Administração com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A diretoria apresentou essa e outras possibilidades de cortes.

O Conselho de Administração entende que são necessárias medidas drásticas para conter a crise e deverá debater o assunto nas próximas reuniões, embora não tenha poder de determinar ações práticas no futebol.

De qualquer maneira, uma das discussões consideradas inevitáveis é o corte salarial dos jogadores, por se tratar da maior despesa no departamento de futebol.

Nesta semana, o presidente Leco disse que vender jogadores será questão de sobrevivência depois da pandemia. Além das vendas, algumas possibilidades para conter a crise são renegociar contratos com altos valores – com a opção de aumentar o tempo de vínculo – e negociar rescisão com alguns atletas. Uma ideia seria alongar dívidas para 2021, diante do impacto do novo coronavírus nas finanças.

Um alento nas contas é a venda de Antony ao Ajax, com saída programada para julho. Está previsto para o São Paulo receber 9,75 milhão de euros no momento da saída e outros 6 milhões de euros no fim do ano. Esse valor será maior em relação a fevereiro, quando a negociação foi fechada, por causa da alta do euro durante a pandemia.

O Conselho de Administração é formado por nove membros, entre eles o presidente Leco, o vice-presidente Roberto Natel (rachado com Leco e um dos pré-candidatos na eleição de dezembro) e mais sete integrantes. Um deles é Julio Casares, candidato confirmado para a eleição por uma coalizão de oito grupos políticos.

No ano passado, o órgão recomendou mudanças no orçamento de 2020, que posteriormente foi aprovado. O endividamento alcançou R$ 538 milhões no ano passado, contra uma receita de R$ 374 milhões.



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Comentários (1)
bronze
25/06/2020 15:44:45 AntJr

Se não tiver o amparo jurídico necessário, certamente vai ser melhor negociar os atletas que não aceitarem essa condição. Pois caso contrário o SPFC vai cavar ainda mais a cova do clube.

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