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Atrasos não são toleráveis em SP

Em 2009 já foram 40 denúncias e o São Paulo é o líder do artigo 215 do CBJD

Um velho problema parece não ter fim no Campeonato Paulista: os atrasos no início e no reinício dos jogos. E a Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP) está sendo rigorosa com a infração ao artigo 215 (Deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida, prova ou equivalente) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).



Em seis pautas do TJD/SP foram 40 casos no artigo 215. Dos 20 clubes da Série A do Paulistão, o Noroeste foi o único que ainda não sentou no banco dos réus para responder por atraso. E se na tabela de classificação o São Paulo não é líder, no quesito “enrolo” o Tricolor leva vantagem. O time de Muricy Ramalho foi denunciado em cinco ocasiões e pagou caro por “uns minutinhos a mais no vestiário”.



E no que depender da Procuradoria os clubes podem começar revendo seus conceitos para não ter que abrir os cofres – a punição é de multa de até R$ 1mil por minuto de atraso. O Procurador-Geral do TJD/SP, Antônio Mecci, promete não fazer vista grossa e deixar a infração virar uma normalidade no futebol paulista.



“Os atrasos estão sendo uma constante e causa prejuízo a todos, ao torcedor, a televisão e aos próprios clubes. As punições devem ser mais severas para coibirmos esta infração”, declarou Mecci ao site Justicadesportiva.com.br.



Apesar de não concordar, os clubes devem acatar as decisões do Tribunal e pagar as multas. O advogado do Palmeiras, Dr. Luis Roberto Castro, ressalta que o problema de atrasos está mais ligado à questão do regulamento da competição do que o próprio trabalho da Procuradoria.



“É o combinado, então deve ser seguido ao pé da letra, sem abrir precedentes. Isso é ser justo”, afirmou Castro ao site Justicadesportiva.com.br, completando em seguida: “É preciso saber: o atraso é no relógio de quem? Do árbitro, do bandeirinha, do placar do estádio?”, ironizou o advogado palmeirense, lembrando que em São Paulo o problema se agrava por conta da execução do hino nacional antes dos jogos.



A prática de atraso já virou rotina no futebol brasileiro. Em 2008, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por exemplo, foram 93 denúncias por atraso, oito a mais que em 2007.



No Tribunal paulista os números de denúncias no artigo 215 também não param de crescer. No ano passado, todos os clubes do Paulistão tiveram pelo menos uma denúncia por atraso. O mais indisciplinado com a pontualidade foi a Portuguesa, com seis denúncias, seguida pela Ponte Preta, com cinco. E, no total, os clubes desembolsaram mais de R$ 125mil em multas por problemas com o relógio.


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