(Foto: Divulgaão/SCInternacional)


Por: Igor Souza


Missão impossível de verdade é esquecer a nossa primeira vez num estádio de futebol e comigo aconteceu em 2005, com uma linda goleada do São Paulo por 5x0 pra cima do Juventude, com casa cheia e um futebol além de vistoso, apaixonante. No entanto, a derrota para o Internacional hoje pelo placar de 1x0 demonstrou tudo ao contrário e a palavra 'vistoso' usada em 2005, virou incógnita em 2019. A palavra 'apaixonante' usada em 2005, podemos alterar para um time enigmático.



É inacreditável como não dá para saber qual São Paulo Futebol Clube estará em campo nos seus jogos, as oscilações fazem o time ser uma das maiores incógnitas do futebol nacional, o mesmo time que vence o Santos, líder e queridinho naquela época, consegue fazer 2 pontos em 3 jogos contra Flamengo, Grêmio e Internacional completamente "desfigurados".

Torcida, comissão, jogadores e todo o staff do Internacional estavam com a cabeça voltada para a grande final da Copa do Brasil, na qual o time chegou com todos os méritos possíveis e não há discussão. Você também pode me dizer sobre as dificuldades de jogar contra o Colorado no Beira-Rio e os inúmeros desfalques do São Paulo neste jogo, mas perder da forma como perdeu é algo deplorável.

Com a péssima derrota para um Internacional completamente misto, o São Paulo chega ao seu terceiro jogo sem marcar e consequentemente sem vencer, o que mostra que o time ainda não encontrou sua filosofia e os jogos, que mesmo vencidos não convenciam, chegaram ao seu fim. O que esperar deste time até o fim do Campeonato Brasileiro?

O São Paulo hoje é um time que concentra cada vez mais a bola no meio-campo e hoje não foi diferente, no entanto, há grandes diferenças em reter a posse para criar e reter a posse para "controlar o seu adversário". O Tricolor tem muita posse de bola nas últimas partidas, mas não sabe o que fazer com ela. Observe o mapa de calor da equipe no jogo de hoje:

Foto: Footstats

A ideia do técnico Cuca em trazer Anderson Martins para o time titular passa muito por esta ideia de ter a bola no chão e iniciar a ação ofensiva desde o campo defensivo, claro que há os seus prós e contras de tirar Bruno Alves, pois ao mesmo tempo em que ganhe com a saída de jogo de A. Martins, você perde em marcação ao retirar o B. Alves.

Foto: Footstats

Agora não cabe a gente bater na mesma tecla e esperar melhoras gradativas enquanto o time não tiver brio de vestir a camisa, vencer dívidas, criar jogadas e demonstrar aos seus torcedores jogo após jogo o que esperar dos atletas. A pergunta de um milhão de reais é: Como o São Paulo vai se comportar contra o CSA? O time que muito cria, ou o mesmo apático contra o Internacional?



Volto a reiterar os inúmeros desfalques, mas falta de vontade não está atrelada em nada com criação de jogo ou entrosamento dos jogadores. Só para fazermos uma análise comparativa entre o Internacional de hoje e o Internacional que conquistou a vaga na final da Copa do Brasil; dos 11 jogadores que começaram a partida contra o atual time de Rogério Ceni, somente 3 jogadores entraram contra o São Paulo (Marcelo Lomba, Patrick e Cuesta) e com certeza o time sentiu muito menos a falta de entrosamento, colocava o pé para vencer divididas e pressionava o São Paulo que não tinha nenhum repertório.

Foto: Footstats


O que eu mais quero entender é até quando os desfalques por convocações, lesões, suspensões ou seja lá o que for... irão camuflar um time que não engrena, que não cria e que hoje nem sequer "entrou em campo".


Saudações tricolores
Igor Souza





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