A entrada de Dagoberto no segundo tempo do jogo contra o Independiente Medellín (COL), na vaga de Hugo, mudou a partida. O São Paulo passou a explorar mais as laterais e ganhou velocidade. A pressão aumentou e culminou com o gol de Borges no fim, após cruzamento do próprio Dagoberto.

Após o fim do jogo, Dagoberto foi questionado sobre a possibilidade de atuar num esquema com três atacantes. Ele deu o aval. "Quando há qualidade, tudo é possível", disse. "Mas, se o treinador achar que não dá, eu vou continuar trabalhando para ajudar quando for preciso e para buscar meu espaço na equipe", completou.

Para Muricy Ramalho, a formação é mesmo difícil de ser utilizada. "Para fazer isso, teria de ser como é na Europa, com um enfiado e dois pelos lados voltando para fechar o meio. Mas do jeito que eles jogam [Dagoberto, Washington e Borges], fica difícil porque sem a bola nós ficaríamos com três a menos", disse.

"Pela circunstância da partida, a presença do Dagoberto foi muito boa. A gente tinha de empurrar eles para dentro porque eles estavam atacando com poucos jogadores. Criamos mais volume de jogo com a entrada do Dagoberto. Ele não joga atrás dos dois atacantes, mas sim do lado. Mesmo assim, ele entrou, criou, chutou, participou bem e aumentou nosso volume de jogo", analisou o treinador.

Muricy, no entanto, lembrou que o gol do Independiente foi marcado quando o São Paulo estava com três homens na frente. "Nosso time foi para cima e claro que a gente corria o risco de contra-ataque", afirmou.