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Cria tricolor, David Neres volta ao Morumbi para defender a Seleção

(Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

David Neres Campos nasceu em São Paulo em 3 de maio de 1997, 19 anos antes de estrear profissionalmente com a camisa do Tricolor e 22 anos antes de disputar seu primeiro torneio com a camisa da Seleção Brasileira, a 46ª edição da Copa América, que começa nesta sexta-feira em sua cidade natal.



O palco não será novidade. Após três jogos no Morumbi com a camisa do São Paulo, o atacante do Ajax retornará ao estádio que rapidamente o consagrou no segundo semestre de 2016. Em uma crescente astronômica, Neres passou de promessa da base para uma venda multimilionária no espaço de seis meses.



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Dois anos e meio adiante, o atacante tem tudo para ser o substituto de Neymar, cortado por lesão no tornozelo, na escalação inicial de Tite para o confronto do Brasil contra a Bolívia, a partir das 21h30 (horário de Brasília).

História no Morumbi

Após disputar duas Copinhas pelo São Paulo, Neres estreou no profissional na noite de 17 de outubro de 2016. Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o Tricolor lutava desesperadamente contra o Fluminense, no Giulite Coutinho, por uma virada após sair atrás do placar. Foi aí que Ricardo Gomes colocou o jovem Neres em campo pela primeira vez. Com poucos minutos de São Paulo, ele já arriscava, driblava, ia para cima, e ajudava os paulistas a mudarem a cara da partida, que seria vencida de virada.

A partir de então, gol crucial contra a Ponte Preta no Morumbi, e mais um no estádio, na goleada de 4 a 0 sobre o Corinthians. Para fechar o ano, o tento de adeus marcado frente ao Santa Cruz no Pacaembu na rodada derradeira do Brasileirão. Neres seria vendido no próximo mês de janeiro para defender o Ajax no futebol holandês.

Começo de volante

Nove anos antes da estreia no Campeonato Brasileiro, um jovem Neres chegava as categorias de base do time do Morumbi. Um dos primeiros profissionais a conhecê-lo foi Toninho, supervisor das categorias sub-11 e sub-13 do clube. “Ele chegou com uns 11, 12 anos como volante. Mas eu já observei as características e vi que ele não tinha nada de volante e coloquei como atacante”, relembrou.

A mudança de Toninho renderia frutos anos depois, quando Júnior Chávare assumiu a coordenação da base são-paulina no fim de 2014, com uma proposta clara de reformulação. Mesmo assim, quando o coordenador chegou ao clube após passagem no Grêmio, se deparou com uma promessa ainda longe do ideal.

O susto pareceu realmente ter surgido efeito. A partir do fim do ano, quando Chávare assumiu a coordenação da base, nenhuma reclamação por indisciplina ou falta de foco foi feita, o problema seguia mesmo nas notas tiradas pelo estudante Neres.

“Não era de aprontar não, nunca me deu trabalho. Tinhas algumas birras para estudar, era meio teimoso para isso, como todo atleta que às vezes pensa que o futebol era a única coisa que ia servir na vida. Mas quanto a indisciplina, essas coisas, nada, nunca tive nenhum problema com ele”, lembrou o coordenador.

“(Na escola) eu lembro que ele não um dos melhores não, não lembro se passou com 5, com 4,9, mas não era dos mais tranquilos não (risos)”, brincou Chávare.

Laranja Mecânica e Amarelinha

Após a negociação do São Paulo em janeiro de 2017, Neres chegou ao Ajax, clube com tradição ofensiva e de formação e desenvolvimento de grandes jogadores. Não demorou muito para o brasileiro se destacar, sendo eleito o melhor jogador do 1º turno do Campeonato Holandês na temporada 2017/2018.

Depois de alguns altos e baixos, o atacante apareceu como peça chave da surpresa da Liga dos Campeões desta temporada. Com Neres, o Ajax eliminou Real Madrid e Juventus e chegou perto de se garantir na decisão, mas acabou eliminado pelo Tottenham.

“Acho que a questão física foi um complemento, a Europa sempre acaba trabalhando muito isso. Na parte tática, ele conseguiu ter um maior comprometimento dentro do que o Jardine já tinha trabalhado com ele”, comentou Chávare. “E lá, com o aspecto da mudança, da cultura, o jogador tem um choque de possibilidades, que quando ele está muito afim, quando ele coloca o aspecto profissional acima de tudo, isso supervaloriza, e foi o caso dele”, completou.



O camisa 7 terminou a competição com dois gols, contra Real e Juventus, e duas assistências em 11 jogos, além de um holofote maior que lhe garantiu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, em amistosos contra Panamá e República Tcheca. Na próxima lista, a da Copa América, Tite o chamou novamente entre os 23.

“Falo com ele até hoje. Ele amadureceu muito, principalmente depois de ir pro Ajax. Morar sozinho, solteiro na Holanda não é fácil”, disse Toninho. “Ele já uma realidade, está em um grande time e na Seleção Brasileira”, cravou.

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