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Bomba causa confronto entre torcida e PM e deixa feridos após clássico paulista

Torcedores alegam que tentavam fugir da chuva. PM justifica que caos foi iniciado após explosão ocorrida no portão 15 do estádio do Morumbi

Os torcedores do Corinthians não chegaram a esgotar os 10% de ingressos que foram destinados a eles para o clássico contra o São Paulo , mas alguns daqueles que estiveram no estádio do Morumbi neste domingo se envolveram em confusão no momento de sair. Segundo relato de torcedores, a Polícia Militar atirou bombas de efeito moral após correria por conta da chuva. De volta para parte de dentro, o tumulto terminou com cerca de 20 feridos e parte do patrimônio tricolor quebrada. A Polícia confirma as bombas, mas explica que o caos começou após uma outra bomba ter sido atirada no Portão 15, por alguém que não foi identificado. Um torcedor que não quis dizer seu nome afirmou ainda que a confusão começou porque membros da principal organizada do Timão provocaram os policiais e atiraram objetos neles.

A Polícia explicou o ocorrido em entrevista do Tenente-coronel Hervando Luiz Velozo, comandante do Segundo Batalhão de Choque. Ele disse que a confusão começou por causa de uma bomba atirada do Portão 15. A torcida do Corinthians, que era escoltada para fora do estádio, achou que a bomba havia partido da Polícia, e foi para cima dos policiais, gritando ameaças de morte. Só então que os policiais lançaram duas bombas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo.

- Quando liberamos a torcida do Corinthians, uma bomba foi atirada de um estacionamento anexo ao portão 15. Metade da torcida voltou para o estádio e o restante foi para cima de nossa patrulha, gritando "agora vamos matar vocês", pois achavam que nós tínhamos lançado a bomba inicial. O Tenente Gaudino se sentiu acuado e mandou que jogassem três bombas, duas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo - resumiu Velozo, que divulgou o registro de dois policiais feridos.

No setor vip, onde ficaram os corintianos que pagaram R$ 90 pelo bilhete, três cadeiras foram quebradas, uma delas atirada no gramado. O vidro que separava essa área da arquibancada onde ficaram os alvinegros que tinham entradas de R$ 40 também foi quebrado. Marco Aurélio Cunha lamentou o ocorrido à Jovem Pan.

- Tive conhecimento à distância disso, que só mostra que estamos certos em restringir o número de visitantes no estádio, para podermos preservar o patrimônio que lutamos tanto para construir. Diante desse fato, acho que devemos diminuir esses 10% ou até mesmo que não venha visitante. É um pena, é contra o futebol, mas o comportamento pede isso – falou o superintendente de futebol do Tricolor.

Os feridos começaram a ser tratados no ambulatório do Morumbi, e constantemente chegavam ambulâncias com mais torcedores. Os funcionários do local cuidaram de cerca de 20 pessoas. Nenhum dos torcedores corria risco de morte, e a maioria dos casos era de fratura. Posteriormente, os que precisavam de mais cuidados foram encaminhados para três hospitais da região: São Luiz, Albert Einstein e Campo Limpo.

O são-paulino Marco Aurélio Cunha foi ao ambulatório prestar solidariedade às vítimas, mas um grupo de seis corintianos não gostou nada da presença do dirigente lá e partiram para cima, o culpando pela confusão e o chamando de hipócrita. Protegido por seguranças, Cunha deixou o estádio.

Paulo Castilho, procurador do Ministério Público, esteve no Morumbi neste domingo e falou sobre o caso. Ele já tem um projeto de redução da torcida visitante e pretender levar isso adiante por questões de segurança.

- Quanto mais você reduz a torcida visitante, mais você reduz os problemas. É muito mais fácil trabalhar com menos gente – falou o procurador, que deseja ver a torcida visitante com apenas 5% da cota total de ingressos nas partidas.

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