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Os 90 minutos da vida de Muricy

Técnico chuta o campo, soca o ar, mas no fim vibra e chora com o título

Sentar? Impossível. Foram mais de 90 minutos de pé, caminhando em círculo, com calor e depois temporal sobre a cabeça. Para mostrar que treinador sofre muito antes de comemorar, o GLOBOESPORTE.COM acompanhou cada movimento de Muricy Ramalho durante a vitória do São Paulo por 1 a 0 sobre o Goiás, no último domingo, no Bezerrão. O time paulista conquistou o sexto título brasileiro, e o comandante foi três vezes campeão seguidamente pelo clube. Mas só depois de muitas emoções.

Primeiro tempo de tensão
Assim que o jogo começou, Muricy até sentou, mas por pouquíssimo tempo. Pediu que os jogadores de ataque se aproximassem, além de querer que o time avançasse um pouco mais. O primeiro lance de irritação veio quando o árbitro marcou uma cotovelada de Jorge Wagner num adversário. Depois socou o ar após duas tentativas de gol do São Paulo que não se concretizaram.

Após Rodrigo receber cartão amarelo, o comandante pediu calma ao zagueiro. Era hora de segurar o ímpeto. Mas Joilson tomou uma leve bronca ao passar perto do banco, pois não estava fazendo o que ele pedia. A alegria só veio na hora do gol de Borges, aos 22 minutos. O treinador vibrou muito com o preparador físico Carlinhos Neves e logo depois lamentou a reclamação de Hélio dos Anjos. O técnico do Goiás se revoltou ao ver que o atacante estava impedido na hora do gol.

Muricy queria mais, tanto que socou a própria mão quando Rogério Ceni cobrou uma falta para fora. Com o fim do primeiro tempo, o treinador ficou mais inquieto e irritado com algumas bobeadas do São Paulo. Quando uma bola perdida gerou um escanteio a favor do Goiás, ele reclamou bastante. E deixou o campo rapidamente após o apito do árbitro.

Lavado pelo temporal, Muricy se emociona com a conquista do seu terceiro título brasileiro seguido


Ansiedade pelo fim da etapa final

Na segunda etapa, Muricy nem arriscou sentar. O dia quente, na cidade-satélite do Gama (DF), foi substituído pela chuva, que foi engrossando rapidamente. O comandante bem que pensou em ficar um pouco sob a cobertura do banco de reservas, mas logo desistiu de se proteger e foi lavado pelo temporal, assim como acontecia com a torcida. Debaixo d’água, pediu atenção ao time pelo lado direito do campo. Levou as mãos à cabeça após um gol perdido. E se desesperou quando Dagoberto sofreu uma falta mais dura. O atacante também desperdiçou um rebote incrível, e Muricy não agüentou: chutou o gramado.

Recomposto, o comandante começou a pedir que o São Paulo segurasse mais a bola, sem afobação. Com o passar do tempo, a irritação momentânea por causa de alguns lances foi substituída pela ansiedade. Andando para os lados, Muricy deu instruções aos jogadores que entraram em campo, recebeu um abraço de Borges e, enfim, vendo que estava perto de ser tricampeão, pediu que a torcida gritasse. A galera respondeu imediatamente: “É campeão!”. Palmas para incentivar o time. Apreensão. Mais pedidos para que o time segurasse a bola.

Os jornalistas começaram a se aproximar de Muricy, e os jogadores que estavam no banco de reservas pediam o fim da partida. Assim que soou o apito final, o vitorioso treinador cerrou os punhos e levou as mãos ao céu. Muita festa de um técnico que sabe: “Ser tricampeão com o mesmo time e seguidamente não é para qualquer um.”

Depois, ele chorou...

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