O zagueiro são-paulino Rodrigo comemorou cinco títulos nos últimos anos: Paulista, Libertadores e Mundial, em 2005, e os Brasileiros de 2006 e 2007. Pela televisão.
Enquanto os amigos comemoravam com a torcida são-paulina, o zagueiro, na gélida Ucrânia, vibrava sozinho com o sucesso do clube, sua “segunda casa”.
Por isso, a conquista que pode ser confirmada amanhã será a mais especial de todas para Rodrigo. Contratado no meio do ano após uma tentativa frustrada em janeiro, e delicada cirurgia no braço direito, ele poderá cumprir a promessa feita no início de 2004: de que não sairia do Tricolor sem um título de expressão.
Antes mesmo da avalanche de troféus ter início, o jogador se transferiu para o Dinamo de Kiev. E não quer voltar tão cedo. Seu empresário, Giuseppe Dioguardi, negocia, na Ucrânia, sua permanência no Morumbi, pelo menos, para disputar a Libertadores de 2009.
Rodrigo, que recebeu a reportagem do LANCE! no CT, espera uma definição na semana que vem, quando, se tudo der certo para ele, já poderá encarar os tricolores com sentimento de “promessa cumprida”.
Como se sente a um passo de pagar a dívida de quatro anos?
Feliz e realizado. Saí sem títulos após ter falado que conquistaria um de expressão. Tenho chance de cumprir, não esqueci. Será especial para mim e para o São Paulo.
Pode ser o primeiro título no Brasil. Acha que é diferente?
Ganhei três títulos lá. É diferente, a gente não entende. Aqui o calor é muito maior, há são-paulinos por todo o país. Vi as conquistas do time pela televisão. Fiquei feliz pelos amigos e pelo clube. Cheguei aqui, vi fotos do pessoal em carro de bombeiros, aquela euforia... Pô, eu também quero passar por isso.
Nessa volta, o chute está mais certeiro. Treinou isso na Ucrânia?
O Rogério diz que nem preciso treinar, basta chutar na direção do gol, que a bola vai toda torta (risos). Procuro bater as faltas no início, antes da perna cansar de correr atrás dos adversários, né?!
Com as dicas, você já fez mais gols de falta do que ele no ano.
Pois é! Fiz dois, ele só um. É alguma coisa para eu falar para ele, que sempre sai por cima, né (risos)?!
Você sabe que o Rogério solicitou sua volta no começo do ano?
Tenho um carinho muito grande com ele. Não é uma amizade que vá para fora de campo, mas criou-se um respeito entre nós. Ele ligou no início do ano para eu voltar, eu disse que não dependia só de mim. Eu queria voltar. Quando acertei, no meio do ano, ele disse que aqui era mesmo o meu lugar.
Dava para imaginar o título brasileiro durante a recuperação da cirurgia no braço direito?
Minha mãe falou para eu me esquecer disso, mas não dá. Só fui para o Flamengo porque o São Paulo não tinha dinheiro para pagar o Dinamo à vista. Fiz um contrato curto. Infelizmente, tudo que diziam sobre o clube aconteceu.
Tudo? Atraso de salários?
Atraso... Jogar no Flamengo é bom pela torcida, mas pela estrutura é péssimo. Não me adaptei. A história do clube é linda, lamento as pessoas que estão lá.
Você sente um respeito maior dos rivais pelo São Paulo?
Falava isso com o Ibson. Que o São Paulo, quando chega, é forte demais. Hoje a gente se recorda disso. Tiro o chapéu para quem dá trabalho para nós no Morumbi lotado, porque não é fácil.
Que trio é melhor? Fabão, Lugano e Rodrigo, de 2004, ou Rodrigo, André Dias e Miranda?
Nosso perfil em 2004 era de muito mais raça. Eu era o que mais saía para o jogo. Hoje, o André e o Miranda também são técnicos, mas temos raça também.
Imagina o que vai sentir quando o árbitro terminar o jogo e o São Paulo tiver vencido o Fluminense e o campeonato?
Acho que é um momento único, tenho medo de ficar imaginando e acontecer o contrário. Se ganhar, vou ficar feliz. Se perder, vou ficar triste. Quero ficar feliz.
Um time que só ganha tem vontade de seguir ganhando?
Claro. Veja o Júnior, que ganha títulos desde que jogava no Palmeiras (deixou o clube em 2000). Se ele não enjoou, por que eu vou enjoar? O Rogério fala que é uma sensação única, a mais gostosa do mundo. Ninguém quer parar de ganhar. Só pensávamos em Libertadores, mas deram brecha e, agora, só dependemos da gente.
Enquanto os amigos comemoravam com a torcida são-paulina, o zagueiro, na gélida Ucrânia, vibrava sozinho com o sucesso do clube, sua “segunda casa”.
Por isso, a conquista que pode ser confirmada amanhã será a mais especial de todas para Rodrigo. Contratado no meio do ano após uma tentativa frustrada em janeiro, e delicada cirurgia no braço direito, ele poderá cumprir a promessa feita no início de 2004: de que não sairia do Tricolor sem um título de expressão.
Antes mesmo da avalanche de troféus ter início, o jogador se transferiu para o Dinamo de Kiev. E não quer voltar tão cedo. Seu empresário, Giuseppe Dioguardi, negocia, na Ucrânia, sua permanência no Morumbi, pelo menos, para disputar a Libertadores de 2009.
Rodrigo, que recebeu a reportagem do LANCE! no CT, espera uma definição na semana que vem, quando, se tudo der certo para ele, já poderá encarar os tricolores com sentimento de “promessa cumprida”.
Como se sente a um passo de pagar a dívida de quatro anos?
Feliz e realizado. Saí sem títulos após ter falado que conquistaria um de expressão. Tenho chance de cumprir, não esqueci. Será especial para mim e para o São Paulo.
Pode ser o primeiro título no Brasil. Acha que é diferente?
Ganhei três títulos lá. É diferente, a gente não entende. Aqui o calor é muito maior, há são-paulinos por todo o país. Vi as conquistas do time pela televisão. Fiquei feliz pelos amigos e pelo clube. Cheguei aqui, vi fotos do pessoal em carro de bombeiros, aquela euforia... Pô, eu também quero passar por isso.
Nessa volta, o chute está mais certeiro. Treinou isso na Ucrânia?
O Rogério diz que nem preciso treinar, basta chutar na direção do gol, que a bola vai toda torta (risos). Procuro bater as faltas no início, antes da perna cansar de correr atrás dos adversários, né?!
Com as dicas, você já fez mais gols de falta do que ele no ano.
Pois é! Fiz dois, ele só um. É alguma coisa para eu falar para ele, que sempre sai por cima, né (risos)?!
Você sabe que o Rogério solicitou sua volta no começo do ano?
Tenho um carinho muito grande com ele. Não é uma amizade que vá para fora de campo, mas criou-se um respeito entre nós. Ele ligou no início do ano para eu voltar, eu disse que não dependia só de mim. Eu queria voltar. Quando acertei, no meio do ano, ele disse que aqui era mesmo o meu lugar.
Dava para imaginar o título brasileiro durante a recuperação da cirurgia no braço direito?
Minha mãe falou para eu me esquecer disso, mas não dá. Só fui para o Flamengo porque o São Paulo não tinha dinheiro para pagar o Dinamo à vista. Fiz um contrato curto. Infelizmente, tudo que diziam sobre o clube aconteceu.
Tudo? Atraso de salários?
Atraso... Jogar no Flamengo é bom pela torcida, mas pela estrutura é péssimo. Não me adaptei. A história do clube é linda, lamento as pessoas que estão lá.
Você sente um respeito maior dos rivais pelo São Paulo?
Falava isso com o Ibson. Que o São Paulo, quando chega, é forte demais. Hoje a gente se recorda disso. Tiro o chapéu para quem dá trabalho para nós no Morumbi lotado, porque não é fácil.
Que trio é melhor? Fabão, Lugano e Rodrigo, de 2004, ou Rodrigo, André Dias e Miranda?
Nosso perfil em 2004 era de muito mais raça. Eu era o que mais saía para o jogo. Hoje, o André e o Miranda também são técnicos, mas temos raça também.
Imagina o que vai sentir quando o árbitro terminar o jogo e o São Paulo tiver vencido o Fluminense e o campeonato?
Acho que é um momento único, tenho medo de ficar imaginando e acontecer o contrário. Se ganhar, vou ficar feliz. Se perder, vou ficar triste. Quero ficar feliz.
Um time que só ganha tem vontade de seguir ganhando?
Claro. Veja o Júnior, que ganha títulos desde que jogava no Palmeiras (deixou o clube em 2000). Se ele não enjoou, por que eu vou enjoar? O Rogério fala que é uma sensação única, a mais gostosa do mundo. Ninguém quer parar de ganhar. Só pensávamos em Libertadores, mas deram brecha e, agora, só dependemos da gente.
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