De Vitor Birner

Calma! O excesso de trabalho, as feridas da vida, a solidão e outras agruras do dia a dia não abestalharam este blogueiro.

Adriano é muuuuuuuuuuuuuuuuuito mais jogador que Borges.

No sentido literal, são incomparáveis.

Mas o São Paulo não pretende trazer o Imperador de volta.

Estaria o presidente Juvenal Juvêncio, responsável por todas as transações do clube, sofrendo dos males da idade?

De forma alguma. No cado dele, o tempo de vida, por enquanto, ensinou importantes lições que em regra terminam em decisões acertadas no futebol são-paulino.

A resposta para o descarte do jogador de alto nível é observada com clareza no atual time de Muricy.

A questão é a força coletiva.

Com Adriano, tenho absoluta certeza, haveria prejuízo nesse quesito, em troca de mais qualidade próximo ao gol adversário.

No mundo dos sonhos dos utopistas da bola - os mesmos que pediam o quarteto mágico antes do mundial de 2006, bateram no 3-5-2 e em Felipão até 2002, e pediram, em massa, Oswaldo de Oliveira na seleção brasileira alguns anos antes - basta ver quem são os melhores e colocá-los juntos para se formar equipe campeãs.

E se lotar o time de atacantes mais gols acontecerão.

Dera fosse tão simples.

Não só o futebol, mas vida seria mais fácil caso isso fosse verdade na prática.

São 11 jogadores titulares, sei lá quantos reservas, técnico, preparador físico, fisiologista, nutricionista, psicólogo, roupeiro, massagista, auxiliares…

Eles passam juntos a maior parte da temporada.

Durante as partidas, os boleiros devem se matar em cada dividida, necessitam observar onde há espaços em todos instantes, se errarem ou ficarem desatentos tudo vai por água abaixo…

Durante os treinos da semana, a compreensão do próprio posicionamento e o dos companheiros e a condição física para chegar antes do adversários nas bolas, são trabalhadas repetidas vezes.

Como qualquer animal, o ser humano sofre influências de seu habitat.

Sem dúvida, se eu tive nascido numa pequena cidade canadense, seria diferente.

O comportamento solidário em campo é resultado do ambiente criado.

Ou alguém crê que durante a semana, no CT, vários jogadores pensam o trabalho e treinam de forma pouco intensa, e quando vão ao Morumbi tudo se transforma para melhor?

Adriano, se voltasse, jogaria bem. Acho que até melhor do que no primeiro semestre.

Mas precisa de cuidados especias, mimos, seus vencimentos estão acima do padrão brasileiro, algumas vezes o grupo de atletas precisa compreendê-lo…

Por isso, não serve para o São Paulo.

Borges é um bom jogador.

Hoje, seu futebol está acima da própria média.

Contra o Figueirense, por exemplo, foi excelente!

Entretanto não é o centroavante ideal para o time brigar pelo tetra na Libertadores.

Só que o São Paulo, com Borges e o time unido, é menos técnico e mais forte do que aquele de Adriano e Carlos Alberto.

Juvenal falhou no planejamento de 2008.

Por conta da incompetência dos rivais e dos acertos de Muricy, pode ter a sua temporada salva pelo título do brasileirão.

Não vai repetir os erros em 2009.