Os departamentos jurídicos de Portuguesa e São Paulo vão ter que se explicar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Isso porque os dois clubes foram denunciados por causa da invasão de um torcedor na partida entre eles, dia 8 de novembro, no Canindé. O julgamento ocorrerá na terça-feira, dia 25, na Segunda Comissão Disciplinar, e ambos podem perder o direito de mandar jogos em seus estádios. A sessão terá início às 17h30m, segundo informa o site “Justiça Desportiva”.
Porém, a Lusa, que briga contra o rebaixamento, e o Tricolor Paulista, perto do sexto título brasileiro, só serão mandantes na 37ª rodada, a penúltima do Campeonato Brasileiro. O líder pega o Fluminense, e a Portuguesa, o Sport. Como o Regulamento Geral de Competições (RGC) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em seu artigo 54 §3º, só permite a alteração do local de jogo no prazo mínimo de cinco dias úteis após a decisão, os dois ainda terão chances de tentar cumprir a possível punição no ano que vem.
Na vitória por 3 a 2 do São Paulo, um são-paulino entrou no campo após o o apito final. De acordo com a súmula do árbitro Wilson Luiz Seneme, o infrator foi contido pela Polícia Militar, fato que pode contar favoravelmente aos clubes. Os dois foram denunciados no artigo 213 (Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena para este tipo de infração é multa de R$ 10mil a R$ 200mil e perda do mando de campo no próprio estádio de uma a dez partidas. O Tricolor responde ao mesmo artigo porque, no segundo parágrafo consta que, caso a invasão ou o lançamento do objeto seja feito pela torcida adversária, o clube visitante corre os mesmos riscos de punição.