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Borges: 'Penso grande, mas faltam quatro jogos'

Contra a Lusa, atacante marcou pela primeira vez no São Paulo três gols em uma partida e não esconse sonho de ser hexa

Artilheiro do São Paulo no ano com 22 gols, Borges não é badalado como outros atletas do elenco. Mas, devagar, ele está mostrando que é indispensável para o sucesso do time dirigido por Muricy Ramalho.

Nos últimos dois jogos, marcou quatro gols. Quando não deixa a sua marca, não é porque foi mal. Com certeza é porque preferiu passar para algum companheiro, para dar uma assistência. Isso ocorreu cinco vezes no Brasileirão. Joilson, André Dias, André Lima, Jean e Hernanes já receberam passe dele.

Depois de passar por problemas no primeiro turno, Borges só quer agora terminar o Brasileirão jogando pelo São Paulo. O jogador já ficou 11 jogos fora da equipe no torneio, dez por causa de duas lesões que teve e uma por causa da expulsão no clássico contra o Palmeiras, que o afastou do duelo contra o Vitória.

– Sei que estou pendurado, mas estou tomando todo o cuidado para não receber o terceiro cartão amarelo. Não vou deixar de fazer nada, mas não quero levar cartão bobo em caso de uma falta desnecessária ou reclamação com o árbitro. Quero jogar até o fim – garante Borges.

Leia a entrevista que o jogador concedeu ao LANCENET! nesta segunda-feira, após ótima atuação no sábado.

LANCENET!: Está mais fácil ou mais difícil o título após a rodada do fim de semana? A diferença para o vice-líder agora é de dois pontos...
Borges: Acho que a dificuldade é a mesma. O Grêmio agora está mais próximo da gente. Na rodada passada, era o Palmeiras que estava na cola, mas nós continuamos pressionados e não podemos vacilar. Temos de vencer o Figueirense em casa, porque, se não somarmos os três pontos, o Grêmio pode vencer seu jogo, que também será como mandante, e passar a gente na tabela. A distância aumentou um pouco, mas não podemos errar mais.


LANCENET!: O São Paulo já esteve 11 pontos atrás do Grêmio e hoje está dois na frente. Qual é a sensação agora?
Borges: Isso me deixa muito feliz, viu. Da forma que estávamos para a situação que estamos hoje, isso só nos deixa ainda mais na obrigação de trabalharmos muito nos quatro jogos que faltam deste Brasileirão.

LANCENET!: O que vocês fizeram de diferente para esta arrancada da equipe?
Borges: Mudamos o comportamento depois daquele empate (1 a 1) com o Atlético-MG. Colocamos a cabeça no lugar. Sabíamos que precisávamos jogar mais do que aquilo que estávamos jogando, porque tínhamos condições para isso. Começamos a fazer o simples, sem querer enfeitar. E a vontade aumentou também. Juntou tudo isso, com uma seqüência de vitórias e aí o
time inteiro ficou mais confiante.


LANCENET!: O que o São Paulo precisa fazer nestas quatro últimas rodadas? Dá para perder o foco em um mês?
Borges: Não passa pela minha cabeça não dar o máximo de mim nos treinamentos esta semana, para o jogo contra o Figueirense. E assim até o final do campeonato. Eu penso grande, penso em ser campeão brasileiro, não vou negar. Mas ainda faltam quatro finais. Não vamos chegar a este título outra vez se não nos esforçarmos. Temos de fazer valer, principalmente, o mando de campo. Domingo, não podemos nem pensar em perder pontos.

LANCENET!: Você tem 22 gols na temporada e seu melhor ano foi 2005, quando marcou 29. Dá para empatar?
Borges: Não sei, trabalho sempre pensando em fazer o máximo que eu puder. Não gosto de prometer gols, porque não é legal... Aí você não cumpre o que prometeu por um motivo ou outro e a cobrança não é legal. Garanto que, se tiver oportunidades, vou procurar marcar. Não vai faltar vontade. Vale lembrar também que, em 2005, marquei dez gols pelo União São João no Paulistão e 19 pelo Paraná no Brasileiro. Muitos desses foram de pênalti. Aqui no São Paulo, eu não sou o cobrador, já temos o Rogério Ceni. Todos os meus 22 foram com a bola rolando, o que me deixa ainda mais feliz com isso.

LANCENET!: Tem alguma superstição, certas coisas que faz antes dos jogos?
Borges: Não... Faço as mesmas coisas sempre, antes dos jogos ou em dias normais, que é ler a Bíblia e escutar músicas evangélicas (o atacante sempre ouve as bandas Apocalipse 16 e Ministério Ipiranga).

LANCENET!: Você tem contrato com o São Paulo até o final de 2009. Já pensou se vai ficar no clube ou se pretende voltar a defender uma equipe do exterior, caso receba proposta?
Borges: Estava até em casa pensando nisso. Comentei com a minha esposa que, neste momento que o time está vivendo, eu não quero nem pensar em outra coisa. Não quero saber o que eu vou fazer no fim do ano, se vou receber alguma proposta. Não penso em outra coisa que não seja a possibilidade de ser campeão brasileiro mais uma vez pelo São Paulo.

LANCENET!: Já pensou na possibilidade de integrar a equipe do São Paulo, ainda mais como artilheiro, que conquistou o primeiro tri da história do clube? E do Brasileirão também, porque nenhum outro time conquistou este feito até hoje.
Borges: Primeiro temos de pensar em vencer os quatro jogos que temos pela frente. Se conseguirmos estas quatro vitórias, aí sim vamos entrar para a história do país e do São Paulo. Seria uma coisa que deixaria todos os atletas bem valorizados.

LANCENET!: Você ganhou de presente o terceiro gol da vitória sobre a Portuguesa. Foi uma partida especial?
Borges: Naquela hora, eu não tinha a certeza que a bola iria entrar. Quando eu vi ela na minha frente, só quis cabecear para o gol e garantir a vitória para o São Paulo. Depois, analisando as imagens, eu vi que nem precisaria ter tocado.

LANCENET!: O Muricy disse que ele levou você para o São Caetano e que acompanhou sempre a sua carreira. Qual a sua relação com o técnico?
Borges: É verdade. Eu jogava no Jataiense-GO e o Muricy me indicou no São Caetano em 2004. Na época, eles fizeram um contrato de quatro meses comigo, de risco. Quando o Muricy era o técnico, em menos de um mês depois eu já estava jogando. Eu brigava por posição com o Euller, Warley e Marcinho naquela época, grandes jogadores, mas o Muricy sempre me dava oportunidade de mostrar o meu trabalho. Mas aí, depois que ele saiu, passou um mês e me mandaram embora. Não sei o que aconteceu. Mas não guardo mágoa. Saí, rodei por alguns clubes, e consegui chegar ao São Paulo.

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