Sempre que acaba uma rodada do Brasileirão , lances polêmicos marcados ou não pelos árbitros são discutidos pela mídia e muitos são levados ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para julgamento dos envolvidos. O mais recente é o caso entre Rodrigo, do São Paulo , e Alex Mineiro, do Palmeiras . O zagueiro acusa o atacante de agressão. O Tribunal pediu a fita do jogo para procurar o lance e fazer a denúncia. Dagoberto, do Tricolor, tem uma opinião radical sobre este recurso. Para ele, as imagens não deveriam ser usadas mais após as partidas.
O atacante acha que os jogadores poderiam se unir para pedir que o Tribunal não julgasse mais ninguém com base em provas de vídeo, mas não acredita que isto vá acontecer.
- Seria perfeito, mas os jogadores são desunidos. Se usássemos a força que temos seria válido, é uma coisa a se pensar. Mas estamos no caminho inverso.
As coisas mudaram, tem muita gente querendo aparecer. É um jogo de futebol, mas tem dimensões maiores do que deveria. Depois vão aparecer 20 caras para serem julgados para um próximo jogo por interesses pessoais - critica o atacante.
Além de ser contra punições por provas de vídeo, Dagoberto acha que a pressão sobre os árbitros é exagerada. Na opinião do jogador, a atuação dos juízes deveria prevalecer, e não haver interferências posteriores.
- Há muita pressão em cima dos árbitros, vocês mesmos (imprensa) passam o mesmo lance várias vezes, Já fui três vezes ao Tribunal e não entendo isso. Tem um responsável ali no jogo, que é o árbitro, e a decisão que ele tomar tem que prevalecer. Claro que uma cotovelada ou outro lance mais perigoso é diferente. Mas tem que deixar mais as coisas na mão do árbitro - acrescenta.
Apesar de sofrer muitas faltas, Dagoberto não pretende mudar seu jeito de jogar, e não se preocupa em ficar "marcado" com os árbitros. Nesta quinta-feira, contra o Vitória , o atacante vai reencontrar Heber Roberto Lopes, que anulou um gol legítimo seu contra o Internacional , no primeiro turno, no Beira-Rio.
- Ali foi um lance do bandeira, que deu impedimento, e ele apitou. Foi um gol legítimo, mas passou. Agora é outro jogo. Eu não acredito em árbitros premeditados, pois seria algo de má índole. Não vou mudar meu jeito de jogar. Tento me manter nas jogadas, mas nem sempre é possível - completa Dagoberto.