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Clássico gerou agressão até de Alex Mineiro, mas Verdão minimiza

Poucas vezes um clássico entre Palmeiras e São Paulo foi tão acirrado dentro de campo quanto o que ocorreu nesse domingo no Palestra Itália. O jogo, decisivo para manter ambos na briga pelo título brasileiro, teve como destaque não só o empate por 2 a 2, mas também um excesso de faltas e disputas de bola que resultaram em sete cartões amarelos e três vermelhos. E poderia ser mais.

A rivalidade em campo atingiu até mesmo o sempre pacífico Alex Mineiro. Aos cinco minutos do segundo tempo, o atacante recebeu entrada dura de Rodrigo, o árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho ignorou e o artilheiro ficou no chão. O jogo prosseguiu e todos olhavam para a bola que já estava na pequena área de Marcos. Sem ser visado por ninguém naquele momento, tanto em campo quanto fora dele, o camisa 9 do Verdão levantou, foi em direção de Rodrigo, que já estava de costas atento ao ataque de seu time, e ergueu o cotovelo para acertar com força a nuca do zagueiro.

Surpreendido, e sem entender a reação do rival, o tricolor caiu no chão desnorteado. A partida foi paralisada para o atendimento médico do camisa 44, que voltou a campo pouco depois questionando o palmeirense sobre a agressão. Ressabiado com o excesso de faltas que recebeu, Alex só desviava a atenção, ignorava as reclamações do são-paulino e mantinha seu olhar na bola. Um exemplo do cenário que dominou o Choque-Rei.

Apesar de lances como este, ninguém no Palmeiras viu exagero dentro das quatro linhas. Durante os 90 minutos, atacantes e zagueiros dos dois times trocaram olhares raivosos e chegavam a se xingar, mas nada que tenha transformado a partida em “guerra” na opinião dos alviverdes. Principalmente do mais visado comandado de Wanderley Luxemburgo: Kléber.

“Não vi este lance do Alex Mineiro, mas posso falar que foi tudo normal no clássico. Não teve isso de ninguém ‘jurando’ ninguém, pelo menos comigo foi só conversa com so zagueiros. O Rodrigo é meu amigo pessoal e o André Dias só teve aquele problema naquela época da cotovelada (Kléber atingiu o rosto do zagueiro no primeiro clássico do ano e foi punido no Paulista), mas ele até deu pisão em mim hoje (domingo), pediu desculpa e eu aceitei. Tudo normal”, garantiu o atacante à GE.Net.

De acordo com o jogador que recebeu o apelido de “Gladiador” na Ucrânia por seu estilo brigador, o clássico desse domingo, na verdade, mostrou evolução dos rivais no quinto confronto de 2008. “Depois de quatro clássicos no ano, todos jogos quentes, acho que a gente aprendeu a nos respeitar em campo e entender essa disputa. São Paulo e Palmeiras sempre é um jogo muito disputado. É um clássico, uma rivalidade muito além do gramado. Mas não vi provocação no semblante de ninguém”, continuou o camisa 30.

A opinião do companheiro de Alex Mineiro é compartilhada pelos dois técnicos do duelo desse final de semana. Para Luxemburgo, o que deve ser exaltado na partida é a capacidade técnica dos dois adversários. “Foi legal para ‘cacete’, teve expulsão, um jogão cheio de alternativas. Por isso todo mundo vai ficar comentando. Foi tudo normal”, argumentou.

Muricy Ramalho concorda com a “normalidade” vista pelo palmeirense. E usa o nível mostrado pelos atletas do último Choque-Rei do ano para provar que tem razão em uma de suas teses: treinar é importante. “Os times vieram com a parte física forte depois de uma semana de treino, e o jogo foi pegado”, argumentou, sem citar nenhum problema disciplinar do árbitro, que, assim como quase todos em campo, não viu a agressão de Alex Mineiro em Rodrigo.

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