Este post é apenas para quem se interessa por tática e não tem objetivo de defender ou derrubar treinador.
Esta semana foi reveladora em termos do que de fato acontece com este time do Diniz. Pegamos 3 equipes que jogaram de formas distintas:- O Palmeiras, que jogou meia-pressão, ou seja, nem recuado, nem mordendo muito a saída de bola.- O Fortaleza, que se fechou todo atrás da linha de meio, saindo no contra-ataque.- O Grêmio, que ontem jogou com pressão total, marcação muito alta, quase o segundo tempo inteiro.
Pois bem, o que houve? O único jogo bom que o time fez foi contra o Palmeiras. O time se superou contra o Fortaleza (indo buscar 3 empates, coisa que era impossível antigamente), mas o jogo não encaixou, e ontem jogou mal mesmo.
Quem acompanha futebol internacional sabe que a maioria dos bons times sai com bola no chão, sem chutão. Então, isso não é novidade nem excentricidade. Ocorre, entretanto, que há uma diferença fundamental entre esses times e o time do Diniz.
Quando esses times saem com a bola no chão, depois que eles quebram a primeira linha, eles contam com jogadores que conseguem rapidamente levar a bola ao ataque: aí a tática funciona porque o adversário está com metade do time no campo de ataque. O time do Diniz não consegue fazer isso. Quando ele quebra a primeira linha (quando quebra, ontem quase não quebrou, teve de apelar ao chutão ou perdeu a bola mesmo), a bola normalmente para no meio campo, e muitas vezes retorna à defesa. Ou seja: ficam 50 segundos tocando a bola na zaga (tempo perdido) e quando conseguem levar a bola até o meio sem perder, recuam de volta. É inútil fazer isso sem jogadores com capacidade de conduzir essa bola rapidamente para o ataque. Jogadores de condução, de proteção, que consigam dar o corpo sem perder o domínio. Tudo que nós não temos.
Então, retornando: o São Paulo jogou bem contra o palmeiras porque conseguiu espaço para jogar. Contra um time retrancado, como o Fortaleza, a tática não faz muita diferença, visto que não há marcação na saída. Se pega um time como grêmio, River, que marca muito alto, aí já era, não consegue desenvolver seu futebol mesmo.
Quais as duas saída pro Diniz? A primeira é manter a estratégia mas escalar jogadores com a capacidade de conduzir essa bola do meio para o ataque em velocidade. O elenco tem esses atletas? Deveria ser o Igor Gomes, mas ele não consegue. Sara faz um pouco isso, mas fica sobrecarregado.
A outra .
O que o Diniz não pode fazer é como ontem: todo mundo viu que o jogo não encaixava e ele só tentou algo diferente (o Trellez, pra tentar quebrar as linhas na trombada) no fim da partida. 

editado por DoutorTricológica