Você dispensaria um jogador que ganhou duas vezes o prêmio de melhor do mundo da FIFA do seu time? Que contribuiu para a reconstrução de um clube, ganhando dezessete títulos, sendo uma Champions League, duas La Liga e duas Super Copas da Espanha? A resposta, conforme os sobrestimados cronistas esportivos brasileiros, seria não. As manchetes diriam que seria um erro grotesco, inadmissível e irrecuperável. Mas, por que o Barcelona fez isso com Ronaldinho? Porque a filosofia do time culé estava acima de tudo, pois o slogan já o define: Més que un club. O Barcelona tem orgulho em promover seu slogan, pois fortalece e intensifica sua filosofia. Més que un club não é somente uma estratégia de marketing, é uma declaração que todos devem seguir os valores, preceitos e a missão do clube. E o São Paulo? Qual é a sua filosofia? O que os jogadores devem saber a respeito de como defender o clube? Quais valores o São Paulo difunde sobre toda a sua estrutura? Qual o comprometimento das pessoas que administram o clube devem ter com a Instituição São Paulo Futebol Clube? Quais valores morais e éticos que devem ser estruturados, incentivados e monitorados para que o clube seja forte? Quais políticas financeiras, administrativas e legais são administradas pelo São Paulo? O clube que era tido como exemplo a ser seguido, sucumbiu na sua própria ignorância e soberba, sendo refletida em toda a sua estrutura. Por que sempre o vestiário do São Paulo é alvo de notícias de degradação do ambiente? Por que os jogadores são contaminados por uma desmotivação e ineficiência de produtividade? Por que o clube, que tem ótimos números em vendas, possui uma saúde financeira medíocre? Por que sempre tem problemas de quebra de hierarquia, falta de comprometimento e deficiências técnicas no elenco? Será que as contratações não passam por um rigoroso processo de seleção e análise para verificação das atribuições técnicas e psicológicas dos jogadores? Enquanto continuarmos com respostas imprecisas, ambíguas e instáveis, estaremos fadados a mais situações vexatórias que não correspondem com a história do clube. Hoje o São Paulo é um time pequeno que faz escola para ser rebaixado, não somente para uma séria inferior, mas ser rebaixado quanto aos seus valores. Tu és grande, Tu és forte, ficará apenas no hino.