Vamos falar do mais novo menino gol do São Paulo, o possível futuro dono da camisa 9 tricolor.
Ademilson, de 17 anos, começou a se destacar na Copa Nike Sub-15 de 2009, quando marcou três gols contra o Gamba Osaka, ficando a apenas dois de Lucas Piazon na competição.
O seu grande campeonato mesmo foi a disputa do Paulista Sub-15, onde marcou 23 dos 100 gols tricolores e foi artilheiro isolado da competição, com 13 gols a mais do que o badalado Piazon. O São Paulo acabou vice-campeão, perdendo para o Santos.
A vaga de titular na campanha do vice no Campeonato Paulista 2009 foi suada e não foi resultado da ausência de Piazon, que ficou de fora em alguns jogos enquanto servia a seleção.
Ademilson ganhou o lugar pelas suas boas atuações e passou a dividir a posição com Lucas, colocando Bruno Lima no banco. O atacante teve atuações tão boas e agradou tanto o técnico Bruno Petri, que quando Piazon voltou, apenas no segundo jogo da final, Ademilson manteve a titularidade, mesmo tendo sofrido uma lesão no primeiro jogo.
Isso tudo lá em 2009….
Já em 2010, com 16 anos, a coisa fica um pouco mais complicada. Um ano mais novo do que os jogadores do time sub-17, Ademilson jogou o Paulista da categoria e mostrou serviço também.
Foram nove gols. Um bom número para quem deu lugar para as boas atuações de Bruno Catanhede e Patrick, os dois titulares do ataque 1993 do São Paulo (Ademilson é 1994).
A carreira de Ademilson começou em Cubatão, cidade natal do atleta. Lá, passou por algumas escolinhas da baixada santista, até, no São Paulo Center, despertar o interesse do treinador Toninho, que o levou para o São Paulo.
No tricolor a história de sucesso disparou quando ele fez parte de uma espécie de quadrado mágico do time infantil do São Paulo, formado por Mirrai, Bruno Lamas, Lucas Piazon e claro, Ademilson, formado no 4-4-2 de Petri, inexplicavelmente demitido depois de montar a equipe que venceu 11 de 13 campeonatos disputados.
As características lembram muito essa nova geração de atacantes são-paulinos, porém com um toque de mais força e velocidade do que vemos em Henrique e Lucas Gaúcho, por exemplo e mais próximo do que viamos em Ronieli.
Henry, como é conhecido (por causa de Thierry Henry) não é muito alto, mas ainda assim tem força para escapar bem da marcação, subir bem para o cabeceio, é veloz e bom de drible… é o tipo de jogador que pensa rápido.
Como referência para o estilo de jogo, Ademilson cita Luis Fabiano. Para o jovem atacante, ambos usam as mesmas características dentro de campo. A força física complementada com uma boa dose de habilidade e velocidade. Outro ponto que assemelha Ademilson ao astro tricolor é a garra. O vigor físico permite ao jovem correr e brigar pela bola do começo ao fim do jogo
Apesar de trabalhar tanto o físico e realmente ter essa vantagem sobre os adversários, Ademilson não é um atacante trombador, mas nem por isso deixa de usar essa qualidade:
”Sei que tenho essa qualidade (força) e trabalho forte também para melhorar sempre em tudo e me esforço na parte física também, para que seja um dos meus pontos fortes”.
E treina mesmo. Ademilson é muito exigente com seu próprio desempenho. Muitas vezes fui conversar com ele após assistir seus jogos e o garoto se cobra. Algumas vezes ele considerou fracas as atuações que eu e muitos outros (inclusive treinadores) viram como boas.
Ademilson tem habilidade para dominar muito bem a bola, driblar e principalmente tem explosão nas arrancadas. Isso, aliado ao seu bom posicionamento, arremate, inteligência e frieza pra concluir, tornaram o jovem a grande realidade de gols do sub-17 do São Paulo.
Ele caminha a passos largos para colocar mais uma artilharia no currículo: Paulista Sub-17 2011 e a torcida tricolor com certeza está torcendo por isso.
Nota: Em dezembro de 2010 Ademilson assinou um contrato profissional com o São Paulo, com duração de três anos e multa rescisória no valor de 30 milhões de Euros. Agora suas chances na seleção aumentam bastante, a convocação deve ser apenas uma questão de tempo